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Contas Públicas

- Publicada em 20 de Maio de 2010 às 00:00

União pode elevar a meta para o superávit primário


José Cruz/ABR/JC
Jornal do Comércio
O secretário do Tesouro, Arno Augustin, afirmou ser cedo para se falar em elevação da meta de superávit primário das contas do setor público em 2010 fixado em 3,3% do PIB. Mas admitiu, pela primeira vez, que é possível o governo fazer um superávit maior na forma de uma poupança, como fez em 2008, ao criar o Fundo Soberano do Brasil (FSB) sem elevar a meta.

O secretário do Tesouro, Arno Augustin, afirmou ser cedo para se falar em elevação da meta de superávit primário das contas do setor público em 2010 fixado em 3,3% do PIB. Mas admitiu, pela primeira vez, que é possível o governo fazer um superávit maior na forma de uma poupança, como fez em 2008, ao criar o Fundo Soberano do Brasil (FSB) sem elevar a meta.

Augustin disse que, por enquanto, o governo está acompanhando a evolução do quadro fiscal e considera como uma medida eficaz o corte adicional de R$ 10 bilhões nas despesas do orçamento deste ano. "Estamos preocupados com cumprir a meta, ganhar o jogo. Goleada é depois", disse Augustin em entrevista após participar de reunião fechada com parlamentares da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados.

O secretário informou ainda que a meta do quadrimestre de R$ 18 bilhões das contas do governo central (Tesouro, INSS e Banco Central) será cumprida "com muita folga". Para o cumprimento desta meta, o governo central terá de registrar em abril um superávit fiscal de R$ 10 bilhões. O secretário enfatizou que superávit forte de abril já mostra a ação contracionista do governo para evitar o crescimento excessivo da economia. Essa ação foi reforçada, segundo ele, com o corte adicional de R$ 10 bilhões no orçamento.

O secretário disse que nessa política de ação contracionista o governo precisa ser cuidadoso. Ele destacou que no corte do orçamento o governo vai preservar os investimentos. "Quanto mais investimentos tivermos melhor." Ele adiantou que a redução orçamentária será formalizado hoje com o encaminhamento ao Congresso do relatório da programação orçamentária, mas a definição dos cortes em cada ministério será feita até o dia 30.

Augustin não vê risco para os títulos da dívida interna e externa com a decisão da Alemanha de proibir operações de venda à descoberto. Segundo ele, o Tesouro está bastante tranquilo com a rolagem da dívida pública. Augustin voltou a criticar as taxas elevadas pedidas pelo mercado para os papéis da dívida interna.

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