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preconceito

- Publicada em 18 de Maio de 2010 às 00:00

Bernardes diz que no Brasil a homofobia mata


Alexandre Börer/Somos/Divulgação/JC
Jornal do Comércio
No Dia Internacional Contra a Homofobia, celebrado ontem, o diretor-executivo do programa conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), Michel Sidibé, apelou para que os governos se esforcem para evitar o preconceito e a discriminação. Segundo ele, dos 192 países que integram a Organização das Nações Unidas (ONU), 85 ainda mantêm leis que criminalizam o comportamento homossexual. Sidibé disse que a homofobia é considerada um dos principais obstáculos à implementação de estratégias de prevenção do vírus HIV.

No Dia Internacional Contra a Homofobia, celebrado ontem, o diretor-executivo do programa conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), Michel Sidibé, apelou para que os governos se esforcem para evitar o preconceito e a discriminação. Segundo ele, dos 192 países que integram a Organização das Nações Unidas (ONU), 85 ainda mantêm leis que criminalizam o comportamento homossexual. Sidibé disse que a homofobia é considerada um dos principais obstáculos à implementação de estratégias de prevenção do vírus HIV.

O representante da ONU pediu aos governos para que se empenhem na adoção de medidas que garantam o respeito aos direitos humanos e o acesso à prevenção e ao tratamento da doença. "Apelo a todos os governos para que tomem medidas que eliminem o estigma e a discriminação enfrentados pelos homens que fazem sexo com homens, lésbicas e transgêneros", destaca.

De acordo com Sidibé, os governos também devem criar ambientes sociais e legais que assegurem o respeito pelos direitos humanos e permitam o acesso universal a prevenção, tratamento, cuidados e apoio. "De 5% a 10% dos casos registrados de contaminação ocorrem em relações sexuais entre homens, mas os percentuais variam de acordo com países e regiões", destaca. No entanto, segundo Sidibé, apesar dos dados, os homossexuais masculinos continuam sofrendo discriminação por parte de profissionais de saúde, prestadores de serviços, entidades patronais e forças de segurança.

O coordenador-geral do grupo Somos, Gustavo Bernardes, coloca que o Brasil ainda é um dos países onde morrem travestis e homossexuais em razão da homofobia. No ano passado, de acordo com o Grupo Gay da Bahia (GGB), ocorreram 198 assassinatos no País. Segundo Bernardes, o grupo apoia o projeto de lei em tramitação no Senado que criminaliza a homofobia. "Precisamos saber quantos crimes são cometidos, o local e o perfil do agressor. Os dados são fundamentais para que possamos atuar preventivamente", acrescenta. De acordo com ele, as informações disponíveis sobre violência contra homossexuais são reunidas pelas ONGs.

O diretor do Nuances - grupo pela livre orientação sexual -, Célio Golin, também defendeu a penalização das práticas homofóbicas no País. "É fundamental que exista a punição contra o ódio de determinadas pessoas", destaca.

De acordo com a Unaids, em 17 de maio de 1990, a Assembleia Mundial da Saúde aprovou a 10ª edição da Classificação Internacional de Doenças (CID) estabelecendo que a orientação sexual (heterossexual, bissexual ou homossexual) deixaria de ser "considerada como uma desordem". Por esse motivo, o Dia Internacional contra a Homofobia é celebrado em 17 de maio.

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