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Mercado Financeiro

- Publicada em 03 de Maio de 2010 às 00:00

Moeda brasileira teve a sétima maior valorização


Jornal do Comércio
Mesmo com a decisão do governo de taxar o capital estrangeiro para evitar a valorização do real, a moeda brasileira foi a sétima moeda que mais se valorizou entre janeiro de 2008 e janeiro de 2010, com uma alta de quase 5%. A avaliação é da Organização das Nações Unidas (ONU), que neste fim de semana publicou um relatório completo sobre o impacto da crise na economia mundial.
Mesmo com a decisão do governo de taxar o capital estrangeiro para evitar a valorização do real, a moeda brasileira foi a sétima moeda que mais se valorizou entre janeiro de 2008 e janeiro de 2010, com uma alta de quase 5%. A avaliação é da Organização das Nações Unidas (ONU), que neste fim de semana publicou um relatório completo sobre o impacto da crise na economia mundial.
A entrada de investimentos no Brasil elevou a preocupação do governo sobre uma apreciação da moeda e Brasília decidiu taxar o capital estrangeiro. Na sexta-feira passada, o dólar comercial fechou cotado a R$ 1,737, uma queda de 1,36% em relação à sexta-feira da semana anterior, quando a moeda teve cotação de R$ 1,761. O governo também sabe que, uma vez superada a instabilidade internacional, a tendência de valorização do real ganhará força, afetando a competitividade dos exportadores nacionais.
A moeda que sofreu a maior valorização foi o yen japonês, com uma alta de quase 30%. O franco suíço, tradicionalmente uma moeda de refúgio, foi a segunda. O Banco Central suíço admitiu que já gastou mais de US$ 37 bilhões nos últimos quatro meses para manter o valor do franco perante o dólar. “Qualquer ameaça à estabilidade da moeda teria um impacto negativo”, alertou o presidente do BC suíço, Philipp Hildebrand.
A China, apesar de todas as críticas dos americanos, foi a terceira moeda que mais se valorizou em relação ao dólar. O congresso americano e exportadores se queixam de que Pequim mantém sua moeda artificialmente desvalorizada para garantir um bom desempenho no comércio externo. Pelos dados da ONU, a tendência do yuan é de uma valorização progressiva. A apreciação chegaria a 7%.
O Brasil vem na sétima posição. Mas a volatilidade do real foi uma das mais elevadas do mundo. Na fase mais aguda da crise, ainda em 2008, o real teria perdido 25% de seu valor em relação ao dólar. Entre março e dezembro de 2009, a valorização superou a marca de 33%, a terceira mais alta do mundo. Apenas a moeda australiana e a neozelandesa tiveram uma valorização mais profunda que o real nesses meses. Entre maio e outubro de 2009, por exemplo, a cotação do dólar caiu de R$ 2,23 para R$ 1,71 com a grande entrada de recursos externos.
Já entre as moedas que mais se desvalorizaram está a da Islândia, com quase 50% em dois anos. A crise no país e o caos no setor bancário foram os motivos do abalo. Segundo o levantamento da ONU, o impacto dessas desvalorizações não foi apenas econômico. Atritos regionais foram registrados nos últimos dois anos, já que a desvalorização de uma moeda tem a consequência equivalente a um pacote de subsídios dados ao setor exportador ou à criação de barreiras aos importadores.
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