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Colunas#Painel Econômico

Coluna

- Publicada em 03 de Maio de 2010 às 00:00

Integração produtiva


João Mattos/JC
Jornal do Comércio
Uma nova expressão vai entrar no vocabulário de vários setores produtivos brasileiros, a “integração produtiva”. É uma ideia desenvolvida pelos presidentes Cristina Kircher, da Argentina, e Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, em sua última reunião conjunta e que começa a ser discutida pelos funcionários dos dois países com os representantes dos produtores envolvidos. Teoricamente, parece ser o ideal, mas colocar em prática não vai ser fácil. Os dois presidentes concordaram que a integração no Mercosul só se dará se os setores se integrarem e trabalharem em conjunto. Parece simples, mas não é. Foram selecionados alguns setores econômicos para começarem o processo como energia, combustíveis, leite, carne, calçados e vinhos – estes quatro últimos ligados ao Rio Grande do Sul.
Uma nova expressão vai entrar no vocabulário de vários setores produtivos brasileiros, a “integração produtiva”. É uma ideia desenvolvida pelos presidentes Cristina Kircher, da Argentina, e Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, em sua última reunião conjunta e que começa a ser discutida pelos funcionários dos dois países com os representantes dos produtores envolvidos. Teoricamente, parece ser o ideal, mas colocar em prática não vai ser fácil. Os dois presidentes concordaram que a integração no Mercosul só se dará se os setores se integrarem e trabalharem em conjunto. Parece simples, mas não é. Foram selecionados alguns setores econômicos para começarem o processo como energia, combustíveis, leite, carne, calçados e vinhos – estes quatro últimos ligados ao Rio Grande do Sul.
Integração II
A ideia é que cada país produza aquilo no que é melhor e, depois, se faça as trocas entre eles. Por exemplo, se a Argentina é boa na produção de leite in natura e seus derivados e o Brasil é bom em leite em pó, este deve ser produzido e o in natura e derivados pela Argentina. No caso do vinho, apenas para explicar, se a Argentina é boa no malbec e o Brasil no merlot, este deveria produzir só merlot e aquela só malbec. É muito difícil que os produtores de ambos os países aceitem este sistema ideal.
Integração III
Hoje, dia 3, em Brasília, haverá a primeira reunião para discutir a “integração produtiva” no campo da vitivinicultura. Será um encontro de técnicos da Agência  Brasileira de Desenvolvimento Industrial e do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior com os vitivinicultores, representados pelo diretor do Instituto Brasileiro do Vinho, Carlos Paviani. A convite do governo, vão analisar as perspectivas de que a ideia funcione. Num primeiro momento, os produtores de uva e vinho são contrários; a indústria vinífera ainda não tem uma ideia clara sobre o tema.
Mosto
O Chile está pressionando o governo brasileiro para que autorize a venda de mosto chileno, a granel, no país. Os produtores locais de vinho ainda não divulgaram sua posição sobre o assunto.
Guatambu
Uma das mais jovens vinícolas gaúchas, a Guatambu, de Dom Pedrito, estreou muito bem na Expovinis, feira realizada, na semana passada, em São Paulo. Walter José Pötter e sua filha, a enóloga Gabriela Pötter, diretores da vinícola Guatambu, apresentaram o cabernet sauvignon Rastros do Pampa 2007, o primeiro produto da vinícola da região da Campanha, e o gewürztraminer Luar do Pampa, elaborado com uvas colhidas manualmente na Serrinha de Dom Pedrito, o primeiro branco da Guatambu. É um vinho de coloração amarela clara, com reflexos platinados brilhantes, muito fresco e franco, com aromas florais. O lançamento em Dom Pedrito será dia 15.
Cordilheira
Os enólogos Rosana Wagner e Gladistão Omizzolo, donos da vinícola Cordilheira de Santana, em Livramento, ficaram entusiasmados com a receptividade ao vinho Reserva dos Pampas  com 30% de sauvignon blanc e 20% de chardonnay, que apresentaram na Expovinis. É um produto de extraordinário custo-benefício, pois tem qualidade e pode ser vendido, no comércio, por R$ 31,20. As uvas foram fermentadas juntas, o que garantiu o equilíbrio do vinho ao final do processo, que ocorreu em tanques de aço inoxidável à temperatura controlada de 14 a 17 graus, por aproximadamente 24 dias. É agradavelmente balanceado, refrescante, cheio de espírito.
Presença internacional
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social está começando a colocar em prática a linha de crédito especial para a “internacionalização da indústria nacional”. De acordo com diretores da indústria brasileira de vinhos, “é hora de as vinícolas brasileiras saírem às compras”. Os olhos estão voltados para a Argentina, onde há cantinas precisando de capital; proprietários querendo vender e outros em busca de parcerias tipo joint venture. O Bndes oferece o dinheiro necessário. Grandes vinícolas brasileiras já estão analisando a possibilidade, que seria uma ação estratégica importante, pois poderiam se beneficiar do prestígio do vinho argentino no mundo para vender, junto, o vinho brasileiro.
Nova Califórnia
A expressão “Nova Califórnia”, cunhada pelo enólogo Adriano Miolo e divulgada nesta coluna, para designar o que está sendo feito no desenvolvimento da vitivinicultura na região da Campanha gaúcha, foi muito comentada na Expovinis 2010, a maior feira de vinhos da América Latina, que terminou, quinta-feira à noite, em São Paulo. No dia 29, foi oficialmente apresentada a Associação dos Produtores de Vinhos Finos da Campanha, pelo presidente da entidade, Afrânio Moraes, da Almadén, de Livramento, e pelo vice, Walter José Pötter, da Guatambu, de Dom Pedrito. Estavam presentes, entre outros, Adriano Miolo, do Miolo Wine Group, Carlos Paviani, Andréa Gentilini Milan, Diego Bertolini e Orestes de Andrade Jr., do Ibravin, Edir Peruzo, da Vinícola Peruzzo, de Bagé, Gladistão Omizzolo e Suzana Wagner, da Vinícola Cordilheira de Sant´Ana, de Livramento, deputado Affonso Hamm, Domingos Meirelles, da Exponor, José Alberici Filho, produtor e importador, e Ivan Magalhães, da vinícola Bella Vista State, de Candiota.
Lídio Carraro
Uma vinícola de tamanho médio, com parreirais no Vale dos Vinhedos e Encruzilhada do Sul, que vem crescendo em tamanho e na qualidade dos seus vinhos, é a Lídio Carraro. Ela confirmou isso na Expovinis, onde apresentou sete lançamentos - Lidio Carraro Elos Touriga/Tannat, Dádivas Espumante Brut SulBrasil, Dádivas Espumante Moscatel SulBrasil, Agnus Merlot e Agnus Cabernet Sauvignon – e anunciou que espera crescer 100% em exportações em 2010. O que os enófilos que visitaram seu estande mais comentaram foram os exclusivos Lidio Carraro Singular Teroldego, praticamente inexistente no Brasil, e o Lidio Carraro Elos Touriga Nacional/Tannat, um corte exclusivo no Brasil e provavelmente no Mundo.
O Dia
• O professor Antonio Hohlfeldt será o palestrante do alomoço da CIC Caxias do Sul, às 12h15min. Abordará a importância da pesqui-sa científica em comunicação para os empresários do Brasil.
• O Festival Brasil Sabor 2010, que irá até o dia 15 de maio, lança a promoção “Mais um por conta da casa”. Os clientes dos bares e restaurantes participantes do evento ganharão mais um prato na compra da receita escolhida pelo estabelecimento para o festival.
• O 514 Lobby, do Plaza São Rafael Hotel, o único bar e restaurante aberto 24 horas todos os dias do ano, em Porto Alegre, inicia seu Cardápio Light. Há comidas dos R$ 10,00 aos R$ 40,00.
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