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Opinião

Artigo

- Publicada em 20 de Abril de 2010 às 00:00

Grande sertão: Porto Alegre


Jornal do Comércio
“O diabo na rua, no meio do redemunho...” Guimarães Rosa, Grande Sertão: Veredas. Enquanto a vida humana depender da burocracia que empurra a responsabilidade de um órgão público para outro, mais um cidadão é executado em via pública pelo descaso. Como aceitar que uma cerca eletrificada com 110V seja a mesma que protege uma parada de ônibus em frente ao Restaurante Universitário, Economia e Direito da Ufrgs? Um dos empregos da eletricidade é na proteção de prédios. As conhecidas cercas elétricas, que não têm como objetivo matar, mas afastar os ladrões. Os níveis de tensão e corrente utilizados asseguram esse limite ético. Como aceitar que no primeiro alerta de perigo a parada da avenida João Pessoa  não tenha sido interditada até a solução do problema? Problemas existem e muitos demandam tempo para serem solucionados, porém, deixar a população exposta ao risco de uma verdadeira arma engatilhada é inaceitável.
“O diabo na rua, no meio do redemunho...” Guimarães Rosa, Grande Sertão: Veredas. Enquanto a vida humana depender da burocracia que empurra a responsabilidade de um órgão público para outro, mais um cidadão é executado em via pública pelo descaso. Como aceitar que uma cerca eletrificada com 110V seja a mesma que protege uma parada de ônibus em frente ao Restaurante Universitário, Economia e Direito da Ufrgs? Um dos empregos da eletricidade é na proteção de prédios. As conhecidas cercas elétricas, que não têm como objetivo matar, mas afastar os ladrões. Os níveis de tensão e corrente utilizados asseguram esse limite ético. Como aceitar que no primeiro alerta de perigo a parada da avenida João Pessoa  não tenha sido interditada até a solução do problema? Problemas existem e muitos demandam tempo para serem solucionados, porém, deixar a população exposta ao risco de uma verdadeira arma engatilhada é inaceitável.
O descaso foi tanto que uma pessoa, sentindo-se responsável, escreveu em uma folha de caderno o aviso de alerta para o perigo! É a sociedade civil socorrendo o seu próprio abandono. Hoje vivemos dias em que nos solidarizamos com vítimas de tantas catástrofes naturais. Como um problema, na rede elétrica de Porto Alegre - da seara humana e não da imprevisível natureza - tenha sido tratado com tanta burocracia? Foi preciso um jovem estudante morrer para girar a máquina dos órgãos responsáveis. Um preço muito alto. E se o problema ocorresse no portão da garagem, do condomínio dos executivos responsáveis pela parada de ônibus? Eles enviariam um e-mail para o síndico, que enviaria a três empresas, que devolveriam três propostas, que seriam analisadas em reunião de condomínio. Não havendo consenso, fariam novo processo. E assim por diante? A lentidão teria sido tolerada por eles, em prol do correto encaminhamento do assunto? Cidades existem para que os cidadãos nelas vivam e não morram. A lei do sertão deveria ficar restrita às histórias de Riobaldo. “Viver é muito perigoso...”

Engenheira eletricista

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