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Europa

- Publicada em 19 de Abril de 2010 às 00:00

Vulcão já causou 63 mil cancelamentos de voos


Fred Dufouri/AFP/JC
Jornal do Comércio
Empresas aéreas europeias questionaram ontem os critérios para a proibição de voos em grande parte do continente, depois de o embargo ter sido prorrogado até o dia de hoje. Essas empresas já perderam milhões de euros devido à erupção de um vulcão na Islândia, que lançou uma enorme nuvem de cinza vulcânica no ar e forçou as autoridades a proibirem o tráfego aéreo em várias partes da Europa. A Eurocontrol, organização responsável pela segurança aérea no continente, declarou que ao final do dia de ontem o número total de voos cancelados desde o início da proibição, em 15 de abril, chegou a 63 mil. Sete milhões de pessoas foram prejudicadas.
Empresas aéreas europeias questionaram ontem os critérios para a proibição de voos em grande parte do continente, depois de o embargo ter sido prorrogado até o dia de hoje. Essas empresas já perderam milhões de euros devido à erupção de um vulcão na Islândia, que lançou uma enorme nuvem de cinza vulcânica no ar e forçou as autoridades a proibirem o tráfego aéreo em várias partes da Europa. A Eurocontrol, organização responsável pela segurança aérea no continente, declarou que ao final do dia de ontem o número total de voos cancelados desde o início da proibição, em 15 de abril, chegou a 63 mil. Sete milhões de pessoas foram prejudicadas.
Ontem, foram reabertos todos os aeroportos da Espanha, os principais do Sul da França, como os de Bordeaux, Nice e Marselha, e parte dos aeroportos da Alemanha – o de Frankfurt, o maior do país, teve voos em direção ao Norte até as 20h do horário local.
No Brasil, o caos aéreo provocado pela erupção do vulcão cancelou ontem 24 voos, sendo 12 de ida e 12 de vinda, no Aeroporto Internacional de São Paulo (Guarulhos). Os destinos e pontos de partida afetados foram Londres, Milão, Paris, Frankfurt, Munique, Zurique e Amsterdã.
A brasileira TAM foi a empresa mais prejudicada, já que teve cinco partidas e cinco chegadas canceladas. Segundo a Infraero, mesmo com o cancelamento dos voos, não havia aglomerações nos balcões de embarque como as registradas nos primeiros dias da erupção. A explicação para isso seria que os passageiros, antes de tentar embarcar, ligaram para as companhias.   
A nuvem expelida da erupção do vulcão Eyjafjallajoekull, na Islândia, ainda em atividade, não está se dissipando, devido às condições meteorológicas que não vêm alterando a direção dos ventos. A expectativa de que a situação começasse a se normalizar ontem foi frustrada. Segundo especialistas, ainda é cedo para prever quando a nuvem vulcânica se dissipará, mas alguns acreditam que o tráfego áereo continuará parado até o meio desta semana. Eles argumentam que a concentração de nuvens estará maior amanhã e quarta-feira.
Os aeroportos da Grã-Bretanha, Suécia, Holanda e Bélgica permanecem com o espaço aéreo fechado. Os presidentes da maioria dos países que pretendiam ir ao funeral do presidente da Polônia, em Cracóvia, como Barack Obama, dos EUA, cancelaram a viagem. Milhares de passageiros permanecem aguardando a volta das operações aéreas. A nuvem permanece cobrindo parte da Rússia, da Polônia, da Finlândia e de outros países do Leste Europeu. Ontem foi mais um dia de caos em aeroportos da Nova Zelândia e até mesmo dos Estados Unidos, que tiveram centenas de voos cancelados.
As companhias aéreas e os aeroportos europeus pediram a revisão imediata das restrições impostas aos voos no Norte e Centro da Europa por causa da nuvem de cinzas expelida pelo vulcão. Dois órgãos que representam a maioria das companhias e aeroportos europeus – ACI Europe e AEA – questionaram a extensão das restrições, adotadas desde que o vulcão localizado em uma geleira voltou a entrar em erupção, na quarta-feira passada.
Voos de teste que aparentemente não apresentaram problemas deram esperanças de que a situação melhore. A KLM, companhia holandesa, declarou que a inspeção de um avião que realizara teste no sábado não apresentou danos nos motores nem em outras partes. Da mesma forma, a alemã Lufthansa afirmou que testes realizados por ela não indicaram problemas. A pedido da União Europeia, a KLM voou com um Boeing 737-800, sem passageiros, a uma altitude de 10km no sábado. A Lufthansa disse ter enviado dez aviões vazios de Munique para Frankfurt a altitudes de 8km.
“Não detectamos nada incomum, nenhuma irregularidade, o que indica que a atmosfera está limpa e segura para voar”, afirmou uma porta-voz da KLM. A Associação de Pilotos Holandeses (VNV) disse acreditar que uma retomada parcial dos voos, com restrições, seria possível apesar da contínua erupção do vulcão islandês. “A concentração de partículas de cinzas na atmosfera é tão pequena que não representa ameaça ao transporte aéreo”, afirmou o presidente da VNV, Evert van Zwol.

Passageiros buscam por alternativas de transporte

Na Europa, passageiros estão buscando alternativas como trens, ônibus e barcas (ferryboats). Estações desses tipos de transporte ficaram lotadas em todos os países europeus afetados pela crise. O serviço Eurostar, que liga a Grã-Bretanha ao continente europeu, não tem mais passagens disponíveis até esta segunda-feira. Para ontem, teve que acrescentar oito viagens à escala. Os tíquetes estão esgotados, mas as filas na porta da estação em Londres permaneceram imensas por todo o sábado.
A porta-voz do Eurostar, Lesley Retallack, informou que a companhia transportou, nos últimos três dias, 50 mil pessoas a mais do que o usual. “Em termos de fechamento de espaço aéreo, isso é pior do que 11 de Setembro. A interrupção é mais drástica do que qualquer coisa que já vimos”, disse um porta-voz do órgão que regulamenta a aviação na Grã-Bretanha, a Civil Aviation Authority.
Em Calais, de onde sai a principal linha de ferryboat da França para a Inglaterra, o engarrafamento de carros esperando embarque era gigantesco. Milhares de pessoas tentavam chegar por mar ao Reino Unido, mas a maioria não conseguiu lugar a bordo e aguardava na fila da embarcação.
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