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Coluna

- Publicada em 19 de Abril de 2010 às 00:00

Cinzas sobre a feira


Jornal do Comércio
De Hannover

De Hannover

As cinzas do vulcão pousaram também sobre a feira de Hannover, que nesta segunda-feira de manhã abre as portas de sua 64ª edição, com muitas interrogações, decorrentes do caos aéreo europeu, quase inviabilizando a chegada de expositores e visitantes, de fora da Europa. Mas a decisão de realizá-la, apesar disso, foi tornada pública neste sábado pela direção, alegando que 85% dos 4.821 estandes previstos já estavam montados e que os expositores atrasados por causa do caos poderão montar os seus ainda na segunda e terça-feira com a ajuda dos técnicos. Quanto aos visitantes, na feira passada, de 2009, eles foram 210 mil, vindos de 80 países, 70% deles da Europa, 19% da Ásia e 7% da América. Cancelada a missão de empresários brasileiros, coordenada pela Fiergs, o Brasil estará pouco representado nesta feira, ao contrário do programado.
A mobilidade
Curiosamente, uma das novidades da feira deste ano é a mobilidade. Ela até ocupa um pavilhão sob o nome de Mobilitec, dedicada à mobilidade elétrica e cujas ações se baseiam no Plano de Desenvolvimento da Eletromobilidade, adotado pelo governo alemão, unindo todos os setores: da pesquisa ao lançamento comercial.
Aeroporto deserto
Impressionante a imagem que este colunista teve no aeroporto deserto de Hannover neste domingo, véspera do início da Feira Industrial, quando ele vive fervilhando de gente vinda de todo o mundo. Todos os equipamentos parados, e alguns “gatos pingados”, parte deles em busca de informações sobre voos.
Sem malas
Os passageiros da Lufthansa que chegaram no último voo à Europa sexta de manhã continuam sem malas. A empresa os reteve em Munique e informou que só neste domingo à noite elas embarcaram em caminhão devendo chegar a Hannover na segunda ao meio-dia, para serem entregues depois. Quando? Ninguém sabe.
Menos orgulho
O caos aéreo da Europa, decorrente da nuvem de cinzas do vulcão islandês, é também uma lição para lembrar ao homem sua insignificância diante da natureza e de Deus. O que uma simples nuvem pode provocar contra anos de pesquisas, estudos e inventos. Aliás, a natureza está provocando muito o homem neste ano.
Desvio do avião na última meia-hora
O voo 507 da Lufthansa, indo de São Paulo, quinta-feira à noite, dia 15, para Frankfurt, foi desviado de sua rota, na última meia-hora da chegada, para o aeroporto de Munique, sob a justificativa da até então desconhecida nuvem de cinza do vulcão islandês. Era o único da Alemanha aberto para receber um avião como o do voo 507, um Boeing 747-400. Chegados em Munique, os passageiros com conexão, como este colunista, foram orientados a se comunicarem com o pessoal de terra da companhia. Ultrapassadas as filas que se formaram, eles receberam um voucher para ser trocado por um ticket do trem. Então, em vez de uma hora de avião para Hannover, foram quatro de trem, mas sem malas, que ficaram retidas no próprio avião, e sem reserva de lugar, amontoando a todos os que coubessem nos vagões.  As malas até este domingo à noite ainda não haviam chegado no destino.
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