Equipes de resgate lutavam contra os fortes ventos e o mal-estar
causado pela altitude, nesta quinta-feira, enquanto tentavam salvar
mais vítimas do terremoto da manhã de quarta-feira (hora local) no
Oeste da China. Enquanto isso, sobreviventes estavam em barracas
improvisadas, temendo novos tremores.
Mais de 750 pessoas morreram e nove mil ficaram feridas no terremoto de
6,9 graus, ocorrido em uma área montanhosa. Cerca de 15 mil casas
ruíram. “Nós vimos muitos corpos e agora estamos tentando lidar com
eles. Os cadáveres estão empilhados”, contou Dawa Cairen, um tibetano
que ajudava nos resgates. “É possível ver muito sangue. Está fluindo
como se fosse um rio.”
Várias escolas caíram e as equipes tentavam salvar pessoas nessas
áreas. A agência estatal Xinhua informou que um funcionário local
afirmou que 66 crianças e dez professores morreram, a maioria deles em
três escolas.
Nesta quinta-feira, mais de 10 mil soldados, policiais, bombeiros e
funcionários do setor médico seguiram para o condado de Yushu, onde
fica a cidade de Jiegu, disse Zou Ming, diretor de operações após
desastres do Ministério da Casa Civil.
Zou disse que 760 pessoas morreram no terremoto e outras 313 estão
desaparecidas, além dos mais de 9,1 mil feridos. O primeiro-ministro
Wen Jiabao chegou na tarde desta quinta-feira a Yushu para checar os
trabalhos e se encontrar com sobreviventes. Já o presidente Hu Jintao
encurtou uma viagem pela América Latina para retornar mais rápido ao
país.