Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Eleições

- Publicada em 16 de Abril de 2010 às 00:00

Na Fiergs, Dilma diz que é hora da reforma tributária


Fredy Vieira/JC
Jornal do Comércio
A pré-candidata do PT à presidência da República, Dilma Rousseff, disse que "a hora de reforma tributária chegou", num aceno a cerca de 150 empresários que a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) reuniu para ouvi-la durante reunião-almoço, na quinta-feira, em Porto Alegre.
A pré-candidata do PT à presidência da República, Dilma Rousseff, disse que "a hora de reforma tributária chegou", num aceno a cerca de 150 empresários que a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) reuniu para ouvi-la durante reunião-almoço, na quinta-feira, em Porto Alegre.
Ao gosto da plateia, a ex-ministra-chefe da Casa Civil deu a entender que a reivindicação que os empresários fazem há vários anos pode ser atendida se ela vencer as eleições.
Durante o discurso, Dilma lembrou que, na recente crise financeira internacional, o Brasil reduziu algumas alíquotas de impostos e admitiu que isso "mudou a visão de cada um de nós a respeito da importância da desoneração". Também previu que, graças ao crescimento econômico, o País terá "mais dinheiro para poder fazer a reforma tributária".
Ao final do almoço, em rápida entrevista coletiva, a pré-candidata reconheceu que a discussão é complexa e só resultará num consenso com muito diálogo. Por isso não quis avançar sobre o possível modelo que a reforma teria. Mas propôs que sociedade se mobilize e admitiu que uma das reivindicações que os Estados sempre fizeram ao governo federal, um fundo de compensação para quem sofrer muitas perdas, pode ser atendida.
"Uma reforma tributária, para ser viável, além de simplificar impostos, acabar com a cascata, tornar a tributação mais transparente e desonerar o investimento, tem a necessidade de um fundo de compensação", reconheceu. A ex-ministra também admitiu que as compensações criadas para as perdas municipais e os financiamentos para cobertura de perdas estaduais durante a crise podem servir de experiência para as futuras negociações.
Em sua passagem pela Fiergs, Dilma também fez algumas comparações do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, a quem tenta suceder, com os anteriores, entre os quais os de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). "Duas palavras resumem a situação que enfrentamos em 2003 (quando começou o primeiro mandato de Lula), estagnação e desigualdade", reiterou. "Isso nos desafiava como uma esfinge dizendo ‘decifra-me ou te de devoro'", comparou, para afirmar que "vencemos a esfinge, fizemos o Brasil crescer de forma sustentada, com estabilidade econômica e inclusão social".
Quando falava sobre propostas para o Brasil continuar a avançar no futuro, a pré-candidata tentou se diferenciar de adversários, sem citá-los. "Nós fizemos, fazemos e teremos de fazer política industrial no nosso País, algo que muitos antes de nós consideravam prova de insensatez e atraso", para passar a citar incentivos do Bndes a projetos de desenvolvimento, retomada da indústria naval e programas sociais do governo Lula.

Petista diz que está credenciada à presidência

A pré-candidata do PT à presidência da República, Dilma Rousseff, garantiu ontem que está credenciada para repetir os resultados positivos alcançados pelo governo Lula. "A troco de que alguém faz melhor que eu, se não fez?", indagou para, na sequência, lembrar sua atuação como chefe da Casa Civil na condução de programas como Luz para Todos, PAC, Minha Casa Minha Vida, Pré-Sal e Bolsa Família. "Tenho credenciais para dizer: eu fiz. Me orgulho do meu passado, que ninguém pode apagar com a borracha: de ser membro do governo Lula e de ter ajudado a transformar o Brasil, construindo uma nova era de prosperidade", enfatizou.
A manifestação ocorreu na quinta-feira, após almoço organizado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), em Porto Alegre. A atividade abriu a agenda política de Dilma no Rio Grande do Sul. Nesta sexta-feira, a pré-candidata terá compromissos em Caxias do Sul. Sábado ela retorna à Capital para um encontro com movimentos sociais.
Durante a palestra, Dilma falou dos investimentos feitos pelo governo federal no enfrentamento da crise econômica e destacou os programas sociais. Também defendeu que o Brasil hoje está mais maduro para fazer mudanças como a reforma tributária. "Temos melhores condições de fazer a reforma tributária, pois ela não acontecerá a frio, já que não estamos mais em um País estagnado, mas avançando", sustentou.
Durante o evento, a ex-ministra pontuou avanços dos oito anos de governo Lula. Falou da estabilidade econômica, da perspectiva de crescimento e da geração de empregos. "O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) dá conta de 657 empregos formais criados no último período. Houve momentos no Brasil em que por três anos não se criava isso. Hoje a gente cria em três meses", comparou.
Sobre o futuro de sua candidatura à presidência da República e do cenário de dois palanques que se desenha no Rio Grande do Sul com as candidaturas de Tarso Genro (PT) e José Fogaça (PMDB), Dilma tangenciou dizendo que "muita água ainda vai passar por debaixo da ponte". "Vamos esperar para ver como serão as coisas". Sobre a chance de ter dois palanques, disse que "não se recusa apoio nem participação".
Ela também comentou as recentes pesquisas em que aparece empatada com o pré-candidato tucano José Serra. Disse que refletem momentos e que não podem ser tomadas como definitivas. "É uma referência." Numa provocação ao adversário, sustentou que o Brasil amadureceu e que "ninguém mais acredita só em promessas".
"O povo é esperto. Vou provar que faço. Nossa vantagem é ter orgulho do que fizemos e provamos. Os números do crescimento estão aí. O reconhecimento é nacional e internacional", finalizou.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO