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Opinião

Artigo

- Publicada em 15 de Abril de 2010 às 00:00

Pesquisa é qualidade, não quantidade


Jornal do Comércio
Medir a opinião de um reduzido, mas qualificado, número de pessoas, interpretar os dados com precisão e apontar um resultado que mais se aproxime da realidade das urnas é a árdua missão dos institutos de pesquisa em ano eleitoral. Mesmo que, na imensa maioria das vezes, a pesquisa não interfira na decisão do eleitor, ele acaba transformando-a em um componente do cenário eleitoral. Os eleitores comparam as pesquisas e têm interesse em saber o que cada uma delas revela. A prova está no fato de que jornais vendem muito mais exemplares quando trazem em suas páginas o que o povo está pensando. E cometer um erro é ser visto com incredulidade em novos levantamentos. Realizar uma pesquisa não é tarefa fácil. Ainda mais porque esbarra na desconfiança da população, que, muitas vezes, coloca o resultado em dúvida por nunca ter sido consultada ou conhecer alguém que tenha respondido às questões dos pesquisadores. Mas o que essas pessoas não sabem é que há aproximadamente 115 milhões de brasileiros aptos a votar, e uma pesquisa tem, em geral, um tamanho de amostra de duas mil pessoas. Isto significa que apenas uma em 57 mil será incluída em qualquer pesquisa.

Medir a opinião de um reduzido, mas qualificado, número de pessoas, interpretar os dados com precisão e apontar um resultado que mais se aproxime da realidade das urnas é a árdua missão dos institutos de pesquisa em ano eleitoral. Mesmo que, na imensa maioria das vezes, a pesquisa não interfira na decisão do eleitor, ele acaba transformando-a em um componente do cenário eleitoral. Os eleitores comparam as pesquisas e têm interesse em saber o que cada uma delas revela. A prova está no fato de que jornais vendem muito mais exemplares quando trazem em suas páginas o que o povo está pensando. E cometer um erro é ser visto com incredulidade em novos levantamentos. Realizar uma pesquisa não é tarefa fácil. Ainda mais porque esbarra na desconfiança da população, que, muitas vezes, coloca o resultado em dúvida por nunca ter sido consultada ou conhecer alguém que tenha respondido às questões dos pesquisadores. Mas o que essas pessoas não sabem é que há aproximadamente 115 milhões de brasileiros aptos a votar, e uma pesquisa tem, em geral, um tamanho de amostra de duas mil pessoas. Isto significa que apenas uma em 57 mil será incluída em qualquer pesquisa.

Ainda que diversas pesquisas sejam realizadas a cada eleição, a probabilidade de um indivíduo participar é muito pequena. O que não significa que os dados levantados sejam falsos. Não se pode considerar o eleitor como sendo igual em todos os lugares. É necessário abranger grupos de diferentes sexos, idades, renda e escolaridade. É a seleção desse extrato da população que faz com que uma pesquisa aponte exatamente o resultado. Como as pesquisas trabalham por amostragem, apenas uma mínima parcela da população é ouvida. A distribuição da amostra é feita de acordo com o peso que cada região representa no estado/cidade. No caso das pesquisas eleitorais, o cuidado com a distribuição da amostra precisa ser redobrado. Caso contrário, pode causar uma distorção nos resultados ao dar mais peso para uma região do que ela realmente tem na amostra.

Socióloga e diretora do Instituto Mehodus

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