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fórum da liberdade

- Publicada em 12 de Abril de 2010 às 00:00

Carlos Ghosn defende intervencionismo em momento de crise


Gabriela Di Bella/JC
Jornal do Comércio
A partir desta segunda-feira (12), até amanhã (13), Porto Alegre respira os debates realizados ao longo dos dois dias de Fórum da Liberdade. Neste ano, a 23ª edição do evento - organizado pelo Instituto de Estudos Empresariais (IEE) - traz ao Centro de Eventos da Pucrs, renomados palestrantes de reconhecimento nacional e internacional que se dividem em torno de seis grandes temas da maior relevância e atualidade.

A partir desta segunda-feira (12), até amanhã (13), Porto Alegre respira os debates realizados ao longo dos dois dias de Fórum da Liberdade. Neste ano, a 23ª edição do evento - organizado pelo Instituto de Estudos Empresariais (IEE) - traz ao Centro de Eventos da Pucrs, renomados palestrantes de reconhecimento nacional e internacional que se dividem em torno de seis grandes temas da maior relevância e atualidade.

No foco da palestra inaugural, um dos principais eixos da crise financeira que eclodiu sobre a economia mundial em setembro de 2008. Durante a exposição inicial, o presidente de Renault-Nissan, Carlos Ghosn, surpreendeu o público presente ao argumentar em favor do intervencionismo dos governos dentro de grandes conglomerados privados.

O executivo não fugiu das perguntas e analisou a fundo as ações de ajuda oferecidas pelo governo norte-americano à General Motors (GM) em 2009. "Tudo que os Estados Unidos não precisavam era de um corte de cerca de 1 milhão de postos de trabalho naquele momento. É claro que governo algum foi tão longe, a ponto de tomar para si a gerência de uma empresa do porte da GM", polemizou.

Contratado pela Renault, em um momento de crise, Ghosn teve de assumir a montadora prestes a cortar 20 mil postos de trabalho nas plantas industriais da companhia. Apesar disso, ele foi enfático ao afirmar que a postura do Estado no período é apenas um reflexo da necessidade de combater os efeitos momentâneos da crise. "Não acredito que estamos diante de uma ruptura do modelo econômico e tampouco de um declínio do sistema. É certo que este mesmo sistema expôs algumas fraquezas, mas sai muito fortalecido para o futuro", defende.

Questionado sobre o discurso intervencionista, o executivo sustentou suas teses nos índices de desemprego. De acordo com o presidente da Renault-Nissan, a indústria automotiva é responsável por cerca de 50 milhões de empregos em todo planeta e representa um movimento financeiro próximo a US$ 3 trilhões por ano.

Ghosn ainda apresentou uma reflexão acerca do momento econômico do País. Para ele, o Brasil é uma realidade a ser comemorada entre os emergentes. "É claro que se compararmos com os Estados Unidos, o Brasil ainda precisa facilitar alguns tramites burocráticos e administrativos, mas o potencial de desenvolvimento desta nação é muito promissor", salientou.

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