Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Política Internacional

- Publicada em 08 de Abril de 2010 às 00:00

China pretende fortalecer as quatro potências do Bric


Jornal do Comércio
A China indicou que uma reunião com líderes do Brasil, Rússia e Índia marcada para a próxima semana em Brasília provavelmente vai aprofundar as trocas entre as quatro potências emergentes conhecidas como Bric. No entanto, a China não comentou se a questão do dólar como moeda de reserva está na agenda do encontro.
A China indicou que uma reunião com líderes do Brasil, Rússia e Índia marcada para a próxima semana em Brasília provavelmente vai aprofundar as trocas entre as quatro potências emergentes conhecidas como Bric. No entanto, a China não comentou se a questão do dólar como moeda de reserva está na agenda do encontro.
O vice-ministro das Relações Exteriores da China, Cui Tiankai, afirmou que seu país quer promover uma cooperação pragmática e consensos estratégicos e reforçar a confiança mútua entre os quatro países. Tiankai afirmou que a reunião não tem como objetivo a "confrontação com terceiras partes", mas disse que a China espera que o encontro "injete novo ímpeto político sustentado" na reforma do sistema financeiro internacional.
Isso incluiria ajustes no poder de voto e nas cotas dentro das instituições financeiras internacionais, segundo ele.
As declarações de Tiankai estão em linha com os comentários feitos no mês passado por Roberto Jaguaribe, subsecretário para Assuntos Políticos do Ministério das Relações Exteriores do Brasil. Na ocasião Jaguaribe afirmou que a reunião do Bric pretende principalmente explorar agendas comuns e sinalizou que o grupo vai preparar propostas claras para uma nova moeda de reserva global.
Os acordos que poderão ser alcançados na reunião vão estabelecer uma boa base para os mercados emergentes diante dos países desenvolvidos na cúpula do G-20 marcada para junho, no Canadá, segundo Chen Fengying, diretor para pesquisas econômicas mundiais do Instituto da China para Relações Internacionais Contemporâneas.
Os países que compõem o Bric são responsáveis por 15,5% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial e têm defendido a redução do uso do dólar como moeda de reserva global. Os líderes dos quatro países tiveram a primeira reunião oficial entre eles em junho do ano passado, em Yekaterinburgo, Rússia, na qual discutiram a possibilidade de uma nova moeda de reserva global dominante.
A reunião dos Bric provavelmente será ofuscada pela participação do presidente da China, Hu Jintao, em uma reunião de dois dias em Washington com o presidente dos EUA, Barack Obama, a partir de segunda-feira, para tratar da questão nuclear. Hu visitará o Brasil no dia 14 de abril.

Expansão da América Latina supera as expectativas

O primeiro painel de debates da quinta edição do Fórum Econômico Global na América Latina, realizado na manhã desta quarta-feira no Centro de Convenções de Cartagena, revelou um consenso entre autoridades, especialistas e empresários presentes: não apenas o ano de 2009 foi melhor do que o esperado pelos presentes, como também o ano de 2010 está superando as expectativas.
Para os economistas convidados pelo fórum para traçar um cenário econômico para a região após a recente crise econômica global, no entanto, o próximo ano poderá não ser tão positivo em termos de crescimento se as economias da região não aproveitarem o momento para fortalecer suas posições fiscais e fazerem as reformas pendentes. "A percepção de complacência me preocupa", alertou o ex-presidente do Banco Central do México e professor do Instituto Tecnológico do México (Itam) Guillermo Ortiz.
Segundo ele, há uma percepção de que os bons tempos estão de volta, com fluxos vigorosos de capital, recuperação do crescimento e dos preços de commodities e moedas apreciadas. "Mas essa é a forma errada de olhar para o que está acontecendo", afirmou. Ortiz apontou os desafios fiscais que ainda persistem e os riscos gerados pelo elevado endividamento nas economias do G-3, que triplicou no último ano.
Os estímulos monetários nesses países terão de ser mantidos enquanto for necessário para sustentar o crescimento, fortalecendo os fluxos de capitais para economias latino-americanas, agora percebidas como de menor risco. Mas em algum momento os problemas fiscais terão de ser enfrentados, disse. "O que me preocupa é quando essa festa de fluxo de capitais e moedas apreciadas chegar ao fim", completou o ex-presidente.

Déficit orçamentário da Grécia pode ser revisado em alta

O déficit orçamentário da Grécia deve chegar a 13,5% do PIB em 2009, quase um ponto percentual acima das estimativas correntes, informou o jornal Imerisia nesta quarta-feira. A informação foi negada pelo governo da Grécia.
Segundo um porta-voz do Ministério das Finanças, a Eurostat, que irá divulgar oficialmente os números em 22 de abril, esteve em Atenas na semana passada, e o déficit orçamentário poderá ser revisado em alta de até 0,2 ponto percentual para 12,8% a 12,9% do PIB. A Eurostat é a agência de estatísticas da União Europeia. Atualmente, o governo estima que o déficit orçamentário ficou em 12,7% do PIB em 2009.
O porta-voz esclareceu ainda que a potencial revisão estaria relacionada ao fato de o desempenho da economia em 2009 ter sido pior do que o esperado. Sem citar fontes, o jornal afirmou que a revisão em alta reflete a contração da economia em ritmo superior ao esperado no ano passado, assim como superávit menor do que o previsto em fundos de pensão selecionados e com orçamentos de governos locais.
Nesta quarta-feira, uma delegação do FMI está em Atenas em missão de assistência técnica que durará duas semanas. O ministro das Finanças, George Papaconstantinou, reuniu-se com a delegação do fundo na manhã de ontem.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO