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alimentação

- Publicada em 08 de Abril de 2010 às 00:00

Brasileiro come menos feijão e mais hortaliças


Jornal do Comércio
Os brasileiros estão comendo mais frutas e hortaliças, mas menos feijão. É isso o que mostra uma pesquisa divulgada ontem pelo Ministério da Saúde (MS). A proporção dos que consomem o alimento, um dos mais característicos da alimentação brasileira, pelo menos cinco vezes por semana caiu de 71,9% em 2006 para 65,8% em 2009. Uma das explicações dadas pelo governo foi o tempo de preparo do alimento, incompatível com a correria das cidades.
Os brasileiros estão comendo mais frutas e hortaliças, mas menos feijão. É isso o que mostra uma pesquisa divulgada ontem pelo Ministério da Saúde (MS). A proporção dos que consomem o alimento, um dos mais característicos da alimentação brasileira, pelo menos cinco vezes por semana caiu de 71,9% em 2006 para 65,8% em 2009. Uma das explicações dadas pelo governo foi o tempo de preparo do alimento, incompatível com a correria das cidades.
O ministro José Gomes Temporão considerou o dado preocupante pelo fato de o feijão ser rico em fibras e proteína. Por outro lado, o consumo de cinco porções diárias de frutas e verduras subiu de 7,1% para 18,9%. O levantamento do MS mostrou também que cresceu a proporção de sedentários no País. Em 2006, 13,2% dos adultos não praticavam nenhum exercício físico. Em 2009, o percentual subiu para 16,4%. Uma das explicações é a inserção das mulheres no mercado de trabalho. Isso faz com que elas exerçam menos tarefas domésticas, que são consideradas como atividade física pela pesquisa.
O levantamento aponta que os refrigerantes e sucos artificiais são alimentos comuns na dieta da população. De acordo com os dados, 42,1% dos brasileiros com idade entre 18 e 24 anos consomem refrigerantes quase todos os dias. Entre os adultos, sem especificar idades, a pesquisa mostra que os refrigerantes e sucos artificiais são consumidos cinco vezes ou mais por semana por 27,9% dos brasileiros. De acordo com o MS, esse índice é superior ao registro no ano de 2008, quando 24,6% dos entrevistados afirmaram beber esses produtos ao menos cinco vezes por semana. A pesquisa destacou ainda que as versões light ou diet do produto não são tão requisitadas, com apenas 15% da população optando por elas.
Quanto ao leite consumido pelo brasileiro, a pesquisa indica que a versão integral é a mais requisitada, com 58,4% da população apontando como a preferida. O índice é superior ao registrado em 2006, quando 57,4% preferiam leite integral aos desnatados e semidesnatados. O estudo foi feito com base em entrevistas telefônicas realizadas com 54.367 pessoas.
De acordo com uma das responsáveis pela pesquisa, Deborah Malta, os dados demonstram o impacto das mudanças no padrão alimentar do brasileiro - que acompanha tendência mundial de maior consumo de alimentos gordurosos - e, ao mesmo tempo, a preocupação de uma parcela da população em reverter esse quadro. "Tem-se reduzido o percentual de pessoas que almoçam em casa ou preparam sua refeição, e assim as pessoas acabam optando por alimentos mais práticos e, geralmente, mais gordurosos, como os pré-cozidos, enlatados ou mesmo os fast foods", afirmou Deborah, que também é coordenadora-geral de Doenças e Agravos Não Transmissíveis do MS. Segundo ela, a maior busca por frutas e hortaliças é o resultado de um processo de conscientização e das políticas de incentivo a hábitos saudáveis. "O desafio é ampliar o acesso a essas iniciativas", destaca.
Outro ponto positivo no hábito alimentar do brasileiro é a queda de 15,8% no consumo de carnes vermelhas gordurosas ou pele de frango. Em 2009, 33% dos adultos comiam carnes com excesso de gordura contra 39,2% em 2006. A conscientização, tanto em relação ao consumo de vegetais quanto à escolha de carnes mais leves, segundo Deborah, pode ser atribuída às políticas de incentivo a alimentação saudável.
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