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Desenvolvimento

- Publicada em 30 de Março de 2010 às 00:00

Vipal lidera os investimentos em Guaíba


Ana Paula Aprato/JC
Jornal do Comércio
Em ritmo de anúncios, a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, pré-candidata à reeleição, divulgou projetos de seis empresas que vão instalar operações no distrito industrial de Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre, com incentivos fiscais do Estado, totalizando investimentos iniciais de R$ 657,4 milhões. Foram assinados protocolos com as empresas que devem iniciar atividades em prazos variados - a mais breve dentro de 12 a 15 meses - e completar os investimentos em até cinco anos.

Em ritmo de anúncios, a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, pré-candidata à reeleição, divulgou projetos de seis empresas que vão instalar operações no distrito industrial de Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre, com incentivos fiscais do Estado, totalizando investimentos iniciais de R$ 657,4 milhões. Foram assinados protocolos com as empresas que devem iniciar atividades em prazos variados - a mais breve dentro de 12 a 15 meses - e completar os investimentos em até cinco anos.

Os projetos irão ocupar parte de uma área com 970 hectares que pertence ao Estado e tinha sido destinada à Ford. Em 1999, a montadora desistiu de instalar uma unidade no Rio Grande do Sul, gerando polêmica entre governo - à época administrado por Olívio Dutra (PT) - e oposição. O principal investimento, da Vipal Borrachas com a argentina Fate, de R$ 400 milhões, ainda não tem período previsto para início das obras, de acordo com informações fornecidas pela empresa brasileira. Os recursos serão aplicados em uma fábrica de pneus para máquinas agrícolas e de transporte. A fabricante de equipamentos para construção Terex, com sede nos Estados Unidos, prevê começar a operar em Guaíba dentro de 12 a 15 meses, onde irá investir R$ 150 milhões em cinco anos para produzir inicialmente equipamentos de sua linha de construção de estradas. A empresa já produz estes equipamentos em Cachoeirinha (RS), mas a área de 3,5 hectares usada atualmente não oferece espaço físico para crescer, disse o presidente para a América Latina, André Freire.

A nova unidade da Terex ficará em uma área de 50 hectares. A América Latina representou 8% do faturamento global da Terex em 2009, que somou US$ 4 bilhões. Com o aumento de capacidade, a Terex espera atender às demandas de infraestrutura decorrentes do Programa de Aceleração do Crescimento, Copa do Mundo e Olimpíada no Brasil. A Gaya Serviços Florestais - que faz colheita de florestas e entrega de madeira - espera a licença prévia ambiental para começar as obras em Guaíba, onde terá pavilhão industrial e área administrativa. O diretor da Gaya Carlos Eduardo Stringhini calculou que nos próximos três anos o projeto estará concluído. A empresa espera atender a clientes do setor de celulose, além de outras indústrias que usam madeira como matéria-prima. O investimento previsto é de até R$ 3 milhões em obras e R$ 15 milhões em equipamentos.

A montadora de aerogeradores para energia eólica Renobrax prevê instalar a primeira fase de seu projeto em Guaíba dentro de 24 meses. Nesta fase, a empresa, criada em setembro de 2008, estará em condições de montar aerogeradores. Na etapa seguinte, o objetivo é atrair fornecedores de componentes para a mesma área, operando de forma integrada, explicou seu diretor, Ricardo Rosito. A companhia prevê investimento de R$ 100 milhões.

A empresa de manutenção e montagem industrial Andrita, de Guaíba, deve investir R$ 5 milhões em parceria com a Sup-ply, com sede em Tapiraí (SP), que processa resíduos de classe 1, gerados por indústrias ou postos de combustíveis, por exemplo. A previsão é entrar em operação até a metade de 2011 para tratar resíduos na primeira fase, quando a licença ambiental será mais simples. A fabricante de rações International Pet deve aplicar R$ 4,8 milhões para produzir 50 mil toneladas/ano de ração.

Para governadora, Estado recuperou a confiança

O Rio Grande do Sul recuperou a confiança de investidores e fornecedores, afirmou ontem a governadora Yeda Crusius, em palestra no Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado (Sinduscon-RS). Perante um cenário anterior de endividamento e incapacidade de pagar as contas em dia ou honrar os compromissos com o funcionalismo, hoje já se pode perceber a melhoria nas finanças e nos serviços públicos, argumentou.

A atração de seis empresas para o terreno que seria da Ford em Guaíba, cujos nomes foram anunciados ontem, é uma amostra da confiança dos empresários nos fundamentos da economia do Estado e em sua política de crescimento. Duas novas empresas poderão confirmar a vinda nos próximos meses. Yeda também citou o empréstimo do Banco Mundial e os bons resultados do IPO do Banrisul como processos que tiveram na credibilidade ao Estado um importante elemento.

Além disso, mencionou as intenções de investimentos de 220 empresas, que poderão totalizar R$ 43 bilhões nos próximos anos e gerar 61 mil novos empregos, de acordo com dados da Federação das Indústrias do Estado (Fiergs). "Tudo que fizemos até agora foi arar a terra e recuperar a confiança política no Estado", afirmou a governadora, que foi recebida pelo presidente do sindicato, Paulo Garcia. Ela explicou que, quando do pedido de empréstimo ao Banco Mundial, o Rio Grande do Sul foi alvo de ironia em Brasília.

Para Yeda, a segunda fase do projeto de reestruturação do Estado começa agora, com as metas de ter os melhores serviços públicos do País (saúde, educação e segurança), criar a melhor infraestrutura de transportes e consolidar os fundamentos já conquistados. Por trás das desejadas realizações estaria uma gestão pública mais moderna e barata.

A sustentabilidade também esteve no discurso de Yeda. "O desafio do próximo governante será manter os fundamentos e desenvolver políticas que levem em conta o meio ambiente e a ocupação do solo", afirmou. Ao destacar os avanços financeiros de seu governo, Yeda lembrou que hoje há R$ 700 milhões de verba para o giro na folha de pagamento, ocorreu a retomada do pagamento dos precatórios e houve reversão de um caixa zerado para capital de investimentos de R$ 4,2 bilhões.

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