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Inflação

- Publicada em 23 de Março de 2010 às 00:00

Indústria atacadista puxa desaceleração


Jornal do Comércio
A inflação menos intensa no setor industrial atacadista (de 1,64% para 0,52%) conduziu à leve desaceleração na taxa da segunda prévia do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), que passou de 1,10% para 0,91% de fevereiro para março. Para o coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getulio Vargas (FGV), Salomão Quadros, as desacelerações e quedas de preços no atacado estão muito espalhadas entre os preços industriais, tanto na indústria alimentícia quanto no fornecimento de insumos para manufatura.

A inflação menos intensa no setor industrial atacadista (de 1,64% para 0,52%) conduziu à leve desaceleração na taxa da segunda prévia do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), que passou de 1,10% para 0,91% de fevereiro para março. Para o coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getulio Vargas (FGV), Salomão Quadros, as desacelerações e quedas de preços no atacado estão muito espalhadas entre os preços industriais, tanto na indústria alimentícia quanto no fornecimento de insumos para manufatura.

No caso da cadeia alimentícia, houve forte desaceleração de preços em produtos alimentícios e bebidas (de 2,71% para 0,03%). Isso porque o movimento de alta expressiva no preço do açúcar aparentemente chegou ao fim: o produto no atacado mostrou queda de 0,06% na segunda prévia de março, após subir 18,12% em igual prévia em fevereiro.

Além disso, foram detectados movimentos de enfraquecimento na inflação de celulose, papel e produtos de papel (de 2,21% para 0,62%); e em materiais para manufatura (de 2,73% para 1,31%). Produtos derivados de petróleo também mostraram desaceleração expressiva de preços, no mesmo período (de 1,68% para 0,03%).

Para o especialista da FGV, não há uma única causa para os preços "comportados" no atacado. "Temos vários movimentos agindo no setor atacadista", afirmou. Segundo ele, o açúcar, que passava por problemas de oferta, agora apresenta-se mais equilibrado, o que ajuda a derrubar os preços do item, que subiu muito nos últimos meses. Além disso, há um movimento de recuperação nos preços dos produtos industriais no atacado, no cenário pós-crise, visto que muitos itens registraram quedas e desacelerações de preços por conta da menor demanda originada pelo cenário turbulento.

"Mas este movimento funciona em ritmos de ondas; passamos por uma onda recentemente, com alta de preços expressivas; mas agora o ritmo de recuperação de preços arrefeceu", disse. Ou seja: o atual movimento de desaceleração de preços representaria uma curva mais baixa, neste processo de recuperação de preços industriais no cenário pós-crise. Ele não descartou novas elevações de preços no setor industrial, em futuras divulgações dos IGPs.

Segundo Quadros, o IGP-M de março está caminhando para uma taxa bem menor do que a apurada pelo mesmo indicador em fevereiro. Na análise do especialista, a segunda prévia do IGP-M de março mostra que há muito mais produtos em desaceleração do que o contrário no atacado. Para Quadros, esse comportamento tende a continuar até o fechamento do mês.

Além disso, o coordenador observou que o atacado não foi o único setor a mostrar inflação mais fraca; varejo e construção civil também estão em desaceleração. "O varejo agora conta com menor impacto de aumentos de preços realizados no início do ano, como ônibus urbano e mensalidades escolares", explicou, acrescentando que isso pode ajudar a manter a taxa do varejo em desaceleração até o final de março.

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