Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Desenvolvimento

- Publicada em 23 de Março de 2010 às 00:00

Lula defende políticas públicas para os pobres


Ricardo Stuckert/PR/JC
Jornal do Comércio
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou do 5º Fórum Urbano Mundial, na zona portuária do Rio de Janeiro, na tarde de ontem, e alertou os visitantes sobre os perigos da cidade. Lula admitiu que o Rio é violento, mas enfatizou a alegria da população e pediu para os turistas terem cuidado ao andar pelas ruas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou do 5º Fórum Urbano Mundial, na zona portuária do Rio de Janeiro, na tarde de ontem, e alertou os visitantes sobre os perigos da cidade. Lula admitiu que o Rio é violento, mas enfatizou a alegria da população e pediu para os turistas terem cuidado ao andar pelas ruas.

"De vez em quando, vocês escutam que morreu alguém no Rio. Não negamos que há violência, mas esse estado e essa cidade têm um povo extraordinário, possivelmente o mais alegre do Brasil", afirmou. O presidente ainda orientou as pessoas para que não frequentem lugares perigosos e andem sem chamar atenção para não atrair os olhares dos criminosos.

Lula defendeu os pobres e voltou a criticar a mídia. O presidente tem se queixado do que classifica de "atitude agressiva" de alguns segmentos da mídia e avalia nomear um ministro das Comunicações com "capacidade de interlocução" com o setor.

A relação de Lula com a imprensa, desde que chegou ao poder, nunca foi amistosa. Ele costuma dizer que não lê jornais e chegou a afirmar que o "papel da imprensa não é o de fiscalizar, mas sim de informar". Na semana retrasada, ele disse que, "neste País, eles (empresários da mídia) não estavam acostumados a ter um presidente da República que não precisa almoçar, jantar e tomar café com eles para governar".

No evento no Rio, o presidente afirmou ainda que o Brasil está vivendo um momento da história em que é possível construir um novo país, uma nova política urbana para os países em desenvolvimento. "É possível construir sem precisar criticar o que aconteceu antes de nós. Eu digo sempre que o administrador público do século XXI tem que fazer duas coisas: projetar uma cidade com melhor qualidade de vida e reparar os desmandos causados por muitos administradores do século XX, que permitiram que o País e muitas cidades no Brasil e no mundo se transformassem numa grande favela."

Lula também voltou a defender os mais pobres. "A coisa mais barata e a coisa mais simples que um governo tem que fazer é cuidar da parte mais pobre da população", afirmou.

O Rio é a primeira cidade latino-americana a sediar o evento, considerado referência mundial na área de urbanismo. O fórum reúne 15 mil pessoas de mais de 160 países.

Presidente poderá ser novo secretário-geral da ONU

O Brasil não quer "se meter na discussão" sobre a paz na Oriente Médio, mas, sim, foi convidado pelos países envolvidos na polêmica, que notaram "a boa relação que o Brasil mantém com todos os países e com todas as facções políticas" da região, afirmou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no programa de rádio Café com o Presidente, ontem.

Lula estaria considerando a possibilidade de suceder Ban Ki-moon no cargo de secretário-geral da ONU, segundo uma reportagem publicada pelo diário britânico The Times, sábado passado. Segundo o jornal, "diplomatas dizem que Lula, que deixa o cargo em janeiro, pode buscar o posto mais alto da diplomacia mundial quando o primeiro mandato de Ban Ki-moon se expirar, no fim de 2011".

Na quarta-feira passada, durante a visita do presidente a Ramallah, na Cisjordânia, o porta-voz da presidência palestina, Mohamed Edwan, reiterou essa ideia. "Achamos que ele poderia ser um ótimo secretário-geral da ONU, pois é um homem de paz e de diálogo e sabe negociar de maneira inteligente e admirável", disse Edwan.

Na semana passada, Lula esteve em Israel, territórios palestinos ocupados e Jordânia, na primeira visita de um líder brasileiro a esses locais. A viagem ocorreu após as visitas ao Brasil dos presidentes Shimon Peres, de Israel, Mahmoud Abbas, da Autoridade Nacional Palestina (ANP), e do Rei Abdullah II, da Jordânia.

Lula defendeu o diálogo com todas as partes envolvidas, incluindo grupos extremistas. "Nós precisamos conversar com iranianos, com sírios, com Israel, com palestinos, com o Hamas, com o Hezbolah'", afirmou.

Lula criticou a postura da Organização das Nações Unidas (ONU) ao não fazer cumprir o acordo firmado em 1948 para a criação do Estado de Israel. Ele disse, na entrevista, que a viagem incluiu ainda conversas sobre possíveis acordos estratégicos entre o Mercosul e os países do Oriente Médio. "Aqui nós temos uma colônia de dez milhões de árabes e descendentes, e 200 mil judeus que vivem em harmonia. E esse exemplo é o que a gente pode levar para a paz do Oriente Médio", exemplificou.

Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO