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Safras

- Publicada em 23 de Março de 2010 às 00:00

Marzolla constata que adubos subiram até 20% no trimestre


Gilmar Luís/JC
Jornal do Comércio
Os preços dos fertilizantes voltaram a apresentar alta no primeiro trimestre deste ano, com índices próximos de 20%, o que representa um acréscimo de US$ 5 a US$ 10 por tonelada, conforme o presidente do Sindicato da Indústria de Adubos do Rio Grande do Sul (Siargs), Torvaldo Marzolla Filho. Entre os principais motivos para alta está a valorização dos preços do produto no mercado internacional, especialmente dos nitrogenados e dos fosfatados. "Somos um price taker e não um price maker de adubo, o que nos deixa vulneráveis às oscilações do mercado externo", diz o dirigente. Marzolla não acredita que o aumento deva repetir o que ocorreu em 2008, quando os fertilizantes tiveram incremento recorde.

Os preços dos fertilizantes voltaram a apresentar alta no primeiro trimestre deste ano, com índices próximos de 20%, o que representa um acréscimo de US$ 5 a US$ 10 por tonelada, conforme o presidente do Sindicato da Indústria de Adubos do Rio Grande do Sul (Siargs), Torvaldo Marzolla Filho. Entre os principais motivos para alta está a valorização dos preços do produto no mercado internacional, especialmente dos nitrogenados e dos fosfatados. "Somos um price taker e não um price maker de adubo, o que nos deixa vulneráveis às oscilações do mercado externo", diz o dirigente. Marzolla não acredita que o aumento deva repetir o que ocorreu em 2008, quando os fertilizantes tiveram incremento recorde.

O dirigente aposta na equalização dos preços dos adubos com os das commodities, pela alta demanda das mesmas no mercado externo. "Vamos ter safra cheia no Brasil e no Rio Grande do Sul, o que deve compensar em termos de preços", avalia. A alta demanda por fertilizantes no mercado externo se deve também ao fato de o mundo estar saindo da crise, com necessidade cada vez maior de produção de alimentos frente a estoques baixos, especialmente em países em crescimento, como a China e a Índia. "Se melhora o salário, a primeira coisa que as pessoas pensam é em se alimentar mais e melhor", pondera o presidente do Siargs. No ano passado, foi registrado um volume histórico de fertilizante entregue no Estado, chegando a 2,94 milhões de toneladas. O Brasil é o quarto maior consumidor de adubos no mundo, tomando conta de 6,7% do volume mundial.

Conforme o assessor econômico da Fecoagro, Tarcísio Minetto, os triticultores são os mais apreensivos, pois serão os primeiros a sentir o impacto do aumento. Para o especialista, se os preços do trigo continuarem oscilando entre R$ 22,00 e R$ 23,00 a saca de 60 quilos e os custos de produção subirem em função dos valores dos fertilizantes, é previsível uma redução na área plantada. Segundo ele, ainda não é possível determinar o quanto esse incremento deve impactar nos custos de produção. "É preciso ter cautela, pois a situação é preocupante."

O diretor-executivo da Associação dos Misturadores de Adubos (AMA), Carlos Eduardo Florence, aposta que o aumento seja ainda maior, chegando a 30%, pelo incremento dos valores do fosfatado MAP, que passou de US$ 380 a tonelada para US$ 530, e da ureia, que saltou de US$ 250 para US$ 310. "A China subsidia os fosfatados, o que faz com que o consumo naquele país aumente, refletindo na demanda e também nos preços", explicou. Segundo Florence, a tendência de aumento tem sido verificada desde o final de 2009, após a manutenção, durante o ano, de preços abaixo da média. Para o especialista da AMA, o atual momento é ideal para a compra de fertilizantes, pelo frete mais barato e pela demanda menor. "Quem puder deve comprar agora", sinalizou.

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