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Energia nuclear

- Publicada em 19 de Março de 2010 às 00:00

EUA e Rússia divergem sobre usina nuclear


Yuri Kadobno/AFP/JC
Jornal do Comércio
A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, pediu nesta quinta-feira para a Rússia atrasar a inauguração de sua usina nuclear no Irã até que este país prove que seu programa não tem finalidades bélicas. As declarações da diplomata norte-americana foram feitas em Moscou, onde ela se encontra com o chanceler e o primeiro-ministro russos. 
A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, pediu nesta quinta-feira para a Rússia atrasar a inauguração de sua usina nuclear no Irã até que este país prove que seu programa não tem finalidades bélicas. As declarações da diplomata norte-americana foram feitas em Moscou, onde ela se encontra com o chanceler e o primeiro-ministro russos. 
Segundo Hillary, o Irã diz que tem energia nuclear para fins civis, mas acrescentou que é “cedo dar início a qualquer projeto atômico quando Teerã ainda precisa provar a natureza pacífica de seu programa”. “Se fizerem isso ou mudarem seu comportamento por conta das sanções, então eles terão mostrado que buscam energia nuclear civil e pacífica”, disse a secretária de Estado.
Antes, o primeiro-ministro da Rússia, Vladimir Putin, havia anunciado que pretende inaugurar a usina de Bushehr, no Sul do Irã, em meados de 2010. Os russos pagaram um contrato de US$ 1 bilhão em 1995 para a construção do complexo. Moscou alega que a inauguração tem sido adiada por motivos políticos, mas analistas dizem que o atraso foi usado como pretexto para pressionar o Irã a cooperar mais sobre seu programa nuclear.
O ministro do Exterior russo, Sergei Lavrov, porém, garantiu que o prazo será mantido pela Rússia. “O projeto será completado, e agora já entramos em uma fase final das preparações tecnológicas”, informou. O chanceler acredita que a usina é fundamental para fazer com que o Irã cumpra suas obrigações perante a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) como membro do Tratado de Não Proliferação Nuclear.
A Rússia é uma das seis potências mundiais que pressionam o Irã por mais cooperação e transparência com a AIEA, mas não apoia com vigor as atuais sanções propostas pelo Conselho de Segurança da ONU, já que mantém boas relações com o país persa. Três pacotes de sanções foram apoiados pelos russos, mas Moscou afirmou que só respaldará novas medidas se estas não prejudicarem a população iraniana. Como membro permanente do Conselho de Segurança, a Rússia tem poder de veto sobre as sanções.
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