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Opinião

Artigo

- Publicada em 19 de Março de 2010 às 00:00

Máquinas e humanidade


Jornal do Comércio
Em todo ano eleitoral é a mesma coisa: alianças políticas, estatísticas, pesquisas, números. Muitos números - positivos e negativos - sempre surgem. Debates contundentes sobre projetos governamentais mobilizam os cidadãos para que, no dia D, tenham seu encontro com a famosa máquina da urna eletrônica. Em um mundo interligado através da tecnologia globalizada, nada mais natural do que um encontro entre máquinas, homens e mulheres, definindo assim os nossos destinos. Tecnológicas ou eleitorais, máquinas são sempre protagonistas na política. Um acréscimo a esse processo eleitoral onde os indivíduos se perdem como instrumentos, entre tantos dados esparsos, reside justamente em uma reflexão sobre a falta de amor da humanidade. Envolvidos em um mundo que prega o personalismo exacerbado, preocupados com nossos problemas, esquecemo-nos de dar atenção para uma criança de rua, um desempregado, um enfermo sem hospital, entre tantos problemas sociais retratados em estatísticas, números muito distantes de suas tristes realidades. Falta uma acolhida solidária aos excluídos. Falta o humano. 
Em todo ano eleitoral é a mesma coisa: alianças políticas, estatísticas, pesquisas, números. Muitos números - positivos e negativos - sempre surgem. Debates contundentes sobre projetos governamentais mobilizam os cidadãos para que, no dia D, tenham seu encontro com a famosa máquina da urna eletrônica. Em um mundo interligado através da tecnologia globalizada, nada mais natural do que um encontro entre máquinas, homens e mulheres, definindo assim os nossos destinos. Tecnológicas ou eleitorais, máquinas são sempre protagonistas na política. Um acréscimo a esse processo eleitoral onde os indivíduos se perdem como instrumentos, entre tantos dados esparsos, reside justamente em uma reflexão sobre a falta de amor da humanidade. Envolvidos em um mundo que prega o personalismo exacerbado, preocupados com nossos problemas, esquecemo-nos de dar atenção para uma criança de rua, um desempregado, um enfermo sem hospital, entre tantos problemas sociais retratados em estatísticas, números muito distantes de suas tristes realidades. Falta uma acolhida solidária aos excluídos. Falta o humano. 

O duelo permanente entre máquinas e humanidade, analisado em ano eleitoral, lembra-me do insubstituível Charles Chaplin. É dele o pensamento: “Mais do que máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo estará perdido”. No mundo contemporâneo, uma geração inteira, desde o seu nascimento, é condicionada para a guerra da competição e nunca para o amor às causas sociais, originando um crescente distanciamento do aspecto humano. Criamos e nos tornamos máquinas, escravizando e ditando regras. Pois se for válido o conceito um dia propagado por Aristóteles de que a política é a ciência mais suprema, a qual as outras estão subordinadas, então necessitamos urgentemente de ativistas humanitários. Ao invés de aparelhos eleitoreiros, homens e mulheres de valor que olhem nos olhos dos cidadãos e falem com honestidade. Não somos máquinas! E como seres humanos que somos, é nossa a responsabilidade de resolver desigualdades que jogam parte da população na mais completa privação. Muitas pessoas já não vivem, apenas sobrevivem. O amor, a amizade, o respeito, a deferência, a consideração pelo próximo são valores indispensáveis nas causas públicas que, apesar de muitas vezes esquecidos, contribuem decisivamente para a consolidação de um mundo mais justo.  

Presidente da Associação Memorial João Goulart

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