Acompanhando as mudanças demográficas que vêm ocorrendo no Brasil a partir dos anos 90, a população idosa, formada por pessoas com mais de 60 anos, aumentou no mercado de trabalho da Região Metropolitana de Porto Alegre, de acordo com o Informe Especial da PED-RMPA, divulgado pela FEE nesta quinta-feira (24).
Tal mudança impactou a composição da População Economicamente Ativa (PEA). São mais pessoas acima de 60 anos (+194,4%) e menos indivíduos abaixo de 15 (-86,0%) e entre 16 e 24 (-7,3%) no mercado de trabalho. Dessa forma, a proporção dos idosos no total da PEA mais que dobrou, passando de 2,5% em 1993 para 5,7% em 2014.
Embora tenha registrado melhora na qualidade da ocupação nas últimas duas décadas, a população idosa ainda ocupa posições mais precarizadas no mercado de trabalho comparada à população total. Em 1993, eram 52,5% e em 2014 são 47,7% das pessoas com mais de 60 anos assalariadas sem carteira assinada, autônomas, empregadas domésticas e trabalhadores familiares sem remuneração, contra 26,5% da população total. Com relação aos rendimentos, entre 2011 e 2014, houve aumento de 2,1% acima do total de ocupados.
Para Norma, a nova realidade demográfica deve inspirar políticas públicas e sociais que melhore a inserção dos idosos no mercado de trabalho. "A tendência é que tenhamos redução da população economicamente ativa e, portanto, será necessário intensificar a produtividade. Isso só se conquista com aposta na qualidade da educação", avalia.