Desde o Grenal sustento que, se sonhar com Libertadores, o Inter deve olhar primeiro para a Copa do Brasil. Depois de uma ou duas vitórias importantes no Brasileirão, houve quem acreditasse em G-4 - hoje, creio que não sobrou ninguém. Não tenho dúvida de que o time vai se jogar com toda a força contra o Palmeiras, transpiração não vai faltar. Inspiração? Bem, ela tem que começar por Argel ao escalar, passa pela continuação dos milagres que Alisson vem fazendo no gol e precisa chegar aos desfalcados setores de criação e ataque. Mas o papel da torcida, esse sim será decisivo.
Dá para ganhar bem
Já que a maior ambição do Fluminense no Brasileirão passou a ser ficar longe do Z-4, é justo supor que irá se lançar com tudo à Copa do Brasil. Melhor para o Grêmio, hoje no Maracanã: atacando, o adversário abrirá espaços que o cerebral Douglas saberá identificar, onde o rápido Luan conseguirá aparecer e, sozinho ou com ajuda de Giuliano e quem mais pintar, certamente chegará ao valorizado golzinho fora de casa. Um só? Considerando-se a bolinha que o Flu vem jogando e a péssima fase de Fred, parece jogo para fazer escore. Basta ser eficiente.
É cedo para desanimar
Ainda faltam 11 rodadas, mas o pessoal que seca o líder anda desanimado: foi tanta reclamação que a Globo abriu mão do Ibope e liberou o Corinthians para jogar às 11h, em sua arena, em dois domingos seguidos. Somados, os jogos contra Joinville e Santos totalizaram 83,5 mil pagantes, R$ 5,3 milhões de renda, cinco gols a favor e nenhum sofrido. Contra o Figueirense, o Inter arrecadou R$ 389 mil; o Palmeiras, contra o Grêmio, apenas R$ 971mil; e o rei do chororô Atlético-MG, contra o Flamengo, R$ 951 mil. Fica difícil secar, ou procurar armação, mas é cedo para desistir.
Desafio à altura
Paulo Roberto Falcão teve uma fria recepção em Recife: além da diretoria, apenas quatro torcedores foram ao aeroporto. Mas afirmou estar "feliz com o desafio bom de dirigir o Sport". Ontem comandou treino e hoje faz sua estreia, contra o argentino Huracán, na Ilha do Retiro, primeiro jogo das oitavas pela Sul-Americana. No Brasileirão, após uma arrancada espetacular, o time obteve somente uma vitória nos últimos 12 jogos. Trabalho não vai faltar, o contrato de Falcão vai até final de 2016.
Tiago: um Gauchão resolve
Vi o primeiro jogo dele e pensei: o cara é altamente promissor, Marcelo Grohe pode ir sossegado para a seleção. Os jogos subsequentes, pouco a pouco, me fizeram mudar de opinião, Tiago não está pronto, talvez Bruno Grassi esteja mais. Contra o Palmeiras, imaturo, impetuoso além da medida, uma vez mais o jovem goleiro saiu mal, entregou o gol e queimou seu filme com a torcida e com Roger. Comigo, não: continuo acreditando em seu potencial, ele apenas precisa jogar com regularidade. Um Gauchão, no Grêmio ou emprestado a outro clube, já bastaria.