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RELAÇÕES INTERNACIONAIS

- Publicada em 23 de Setembro de 2015 às 00:00

Maduro e Santos põem fim à crise


JUAN CEVALLOS/AFP/JC
Jornal do Comércio
Os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Colômbia, Juan Manuel Santos, chegaram a um acordo para pôr fim à crise bilateral deflagrada há quatro semanas pela decisão de Caracas de fechar parte da fronteira comum e expulsar mais de 1.600 colombianos, sob pretexto de combater o contrabando. Os líderes se comprometeram a seguir sete pontos, entre os quais a "progressiva normalização da fronteira" e a coexistência dos "modelos econômicos, políticos e sociais de cada país".
Os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Colômbia, Juan Manuel Santos, chegaram a um acordo para pôr fim à crise bilateral deflagrada há quatro semanas pela decisão de Caracas de fechar parte da fronteira comum e expulsar mais de 1.600 colombianos, sob pretexto de combater o contrabando. Os líderes se comprometeram a seguir sete pontos, entre os quais a "progressiva normalização da fronteira" e a coexistência dos "modelos econômicos, políticos e sociais de cada país".
Os embaixadores colombiano e venezuelano retornarão a seus postos na nação vizinha, como forma de mostrar o reatamento diplomático - eles haviam sido chamados para consultas por Bogotá e Caracas em 27 de agosto.
A definição ocorreu na segunda-feira, em Quito, no Equador. Foi o primeiro contato pessoal entre os presidentes desde o início da tensão. O Brasil, apesar de reiteradas ofertas de mediação, não participou das conversas. Ao final do encontro, Maduro, Santos e os presidentes do Equador, Rafael Correa, e do Uruguai, Tabaré Vázquez, posaram para uma foto em que se davam as mãos, simbolizando a parceria e a unidade entre os países.
"Foi uma reunião franca, em meio a um clima de irmandade", relatou o presidente venezuelano. Para Maduro, o diálogo marcou "um novo início" de relações com a Colômbia, "baseadas na cooperação e no respeito". Santos também saudou o encontro. "Estamos unidos na luta contra criminosos, o contrabando e o narcotráfico. Nos une também o propósito de levar o bem-estar aos habitantes da fronteira", afirmou o presidente colombiano.
Ainda estão previstas reuniões de ministros para debater "temas sensíveis". O primeiro encontro deve ser realizado hoje, em Caracas, com Equador e Uruguai dando continuidade à mediação.
O imbróglio entre Colômbia e Venezuela teve início em 19 de agosto, quando Maduro determinou o fechamento da fronteira no estado de Táchira, decretou estado de exceção em cinco cidades da região e passou a deportar colombianos. Outros 16 mil fugiram por se sentirem pressionados pelo Exército venezuelano. O estado de exceção e o fechamento da fronteira foram estendidos há duas semanas ao estado de Zulia.
Maduro alegava que a medida era uma retaliação a um ataque, atribuído por Caracas a contrabandistas e paramilitares colombianos, que feriu três militares a bala na fronteira. Segundo ele, as atividades ilegais estavam por trás do desabastecimento na Venezuela. No entanto, economistas defendem que a escassez é fruto do controle de preços e da perseguição ao setor privado.
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