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FUNCIONALISMO

- Publicada em 17 de Setembro de 2015 às 00:00

Funcionalismo intensificará pressão sobre os deputados


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Jornal do Comércio
Depois de serem proibidos de ingressar não somente na Assembleia Legislativa, mas também nos arredores do prédio do Legislativo, os servidores pretendem começar a visitar as bases eleitorais dos 35 deputados estaduais que votaram a favor do projeto do Executivo que cria a previdência complementar para os novos servidores.
Depois de serem proibidos de ingressar não somente na Assembleia Legislativa, mas também nos arredores do prédio do Legislativo, os servidores pretendem começar a visitar as bases eleitorais dos 35 deputados estaduais que votaram a favor do projeto do Executivo que cria a previdência complementar para os novos servidores.
O primeiro reduto eleitoral a ser visitado pelos funcionários públicos é o do deputado Frederico Antunes (PP). O movimento unificado do funcionalismo prevê uma série de manifestações em Uruguaiana — base eleitoral de Antunes — a partir desta sexta-feira.
“O movimento vai começar a denunciar os deputados nas suas próprias bases eleitorais. Afinal, lá, eles vão pedir o voto dos servidores; e, aqui, votam medidas contra o serviço público. Vamos começar por Uruguaiana, onde vamos divulgar o posicionamento do deputado Frederico Antunes, para que os servidores de lá e suas famílias possam cobrar do deputado”, projetou o presidente da Federação Sindical dos Servidores Públicos no Estado do Rio Grande do Sul (Fessergs), Sérgio Arnoud.
Os funcionários públicos foram impedidos de se aproximarem da Assembleia, ontem, como represália ao ato de terça-feira, quando barraram a entrada de parlamentares, assessores e servidores no edifício do Legislativo.
Na ocasião, pediam a retirada do regime de urgência do projeto da previdência complementar e dos que extinguem a Fundação de Esporte e Lazer (Fundergs) e a Fundação de Pesquisa em Saúde (Fepps). Com o impedimento do acesso ao Parlamento, o projeto da previdência foi aprovado sem que houvesse um servidor nas galerias do plenário. E, na Praça da Matriz, em frente ao Legislativo, havia apenas os sindicalistas que estão acampados lá há semanas.
Isso porque as vias de acesso à Assembleia, como a rua Duque de Caxias, estavam bloqueadas a um quarteirão de distância do Parlamento. Seguranças do Legislativo e policiais da Brigada Militar montaram um cercado para conter o trânsito de carros e pessoas nos arredores.
Alguns moradores da Duque de Caxias se irritaram ao serem orientados a darem a volta no quarteirão, por onde havia uma via de acesso para a região. Em alguns casos, os cidadãos estavam a poucos metros das suas residências e tiveram que fazer a volta no quarteirão. Um morador chegou a discutir com um dos seguranças, alegando que ele estava cerceando seu direito de ir e vir. Em resposta, um segurança respondeu que a instrução “era uma ordem”.
A decisão sobre o bloqueio foi tomada pela Mesa Diretora da Casa, que comunicou aos líderes sindicais sobre a deliberação em uma reunião que aconteceu pouco antes da sessão. “Nesse encontro, pedimos novamente a retirada do regime de urgência dos projetos da previdência e da fundação. Também pedimos para acompanhar a sessão, ao que o presidente (Edson) Brum (PMDB) foi peremptório ao dizer que eles (os deputados) haviam decidido não permitir o acesso do público às galerias”, relatou Arnoud. Para a presidente do Cpers, Helenir Schürer, “a falta de diálogo por parte do Palácio Piratini não é nenhuma novidade. A novidade foi o presidente da Assembleia, com quem tínhamos um bom diálogo, decidir fazer uma sessão fechada”. E complementou: “A Assembleia foi sitiada. Quem tem medo do povo, vota trancado, lá dentro”.
À noite, o governador José Ivo Sartori (PMDB) declarou na sua conta do Twitter que a aprovação do projeto da previdência complementar foi um “sinal de maturidade, espírito público e responsabilidade. Quem ganha é o Rio Grande do Sul, que começa a construir um sistema previdenciário sustentável”.
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