Hoje, um prato cheio será servido aos colorados em seu estádio: o apetitoso Vasco da Gama, que não faz mal a ninguém no Brasileirão, detentor do pior ataque da competição, com oito gols em 21 jogos. O treinador é o inconsistente Jorginho, que sucedeu Celso Roth, na quase impossível missão de escapar do rebaixamento. É obrigação do Inter vencer por um escore motivador, para dar sustentação ao recém-chegado Argel e mostrar que o título da Copa do Brasil é um sonho possível. E sem desculpas: às 19h30min, até veterano rende.
A culpa não foi do calor
Certo, jogar às 11h é desgastante, mas domingo fez calor para os 22 jogadores, não apenas para os colorados. Erro de arbitragem houve (pênalti sobre Sasha), só que a atuação do Inter foi sofrível. A impressão é de que o time não viajou a Floripa. E Argel, que passou um bom tempo treinando o Figueirense, consegue levar 3 a 0 do Avaí (há poucas semanas, seu maior rival) e sai falando em arbitragem! Vamos combinar assim: o técnico deixa a direção reclamar e cuida de explicar por que sua equipe jogou tão pouquinho contra um adversário que ela própria resgatou da Z-4.
Há perigo na esquina
Apesar de o Figueirense ser um adversário respeitável em seu estádio, onde, há uma semana, despachou o Atlético-MG, amanhã o calor e o cansaço não servirão de pretexto - o Grêmio precisa jogar bem. Os desfalques ocorrerão o tempo todo, o Brasileirão revela os que têm elenco forte e os que apenas têm um time, nada mais. Vejo o Tricolor em uma encruzilhada: lutar pelo título já é quase uma quimera, tentar a Libertadores está ficando difícil, apostar tudo na Copa do Brasil traz um grande risco. Claro, se Roger tivesse um grupo numeroso, com reservas de qualidade, o prognóstico seria outro.
Copa do Brasil
O Palmeiras tem mais elenco para encarar o Inter; o Fluminense, se recuperar Fred e conseguir deixar Ronaldinho em forma - coisa que não ocorre há horas -, vai ficar mais forte e pode dificultar para o Grêmio. Mas podemos estar otimistas, desde que, daqui a duas semanas, cariocas e paulistas continuem priorizando a disputa pelo Brasileirão. Passando das quartas de finais, a dupla se enfrenta em um espetacular Grenal (aliás, em dois) e o vencedor arranca para a final, provavelmente contra o São Paulo. Não tem nada fácil, mas o Brasileiro é bem mais longo e penoso.
Fórmula 1
Como me justificou um leitor outro dia: "Recuso-me a assistir a um esporte em que somente as máquinas decidem e não os pilotos". Eu ainda assisto, com um décimo do interesse que tive em outras épocas. Reconheço o talento de Hamilton e Rosberg, mas é inegável que disputam um campeonato entre eles, com carros muito superiores aos demais. Quando vejo campeões como Button e Alonso, ambos na tradicional McLaren, largando em 17º e 18º em um grid com 20 carros, sou forçado a dar razão ao leitor que citei. Talento sem uma boa máquina não resolve. Como, mais uma vez, poderemos comprovar domingo, no GP da Itália, em Monza.