Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Opinião

ARTIGO

- Publicada em 13 de Agosto de 2015 às 00:00

Sobre a despoluição do Guaíba


Jornal do Comércio
Desfrutei de uma infância feliz. Foi em Porto Alegre, no Alto da Bronze. Lá, entre brincadeiras, despertei o amor pelo Guaíba, rio onde aprendi a nadar e remar. Os porto-alegrenses dos anos de 1960 conviviam envolvidos por ele. Foi doloroso vê-lo desaparecer da vida cotidiana. Mas nunca o esquecemos. Ninguém vive às margens de rio tão maravilhoso sem ser tocado por sua energia.
Desfrutei de uma infância feliz. Foi em Porto Alegre, no Alto da Bronze. Lá, entre brincadeiras, despertei o amor pelo Guaíba, rio onde aprendi a nadar e remar. Os porto-alegrenses dos anos de 1960 conviviam envolvidos por ele. Foi doloroso vê-lo desaparecer da vida cotidiana. Mas nunca o esquecemos. Ninguém vive às margens de rio tão maravilhoso sem ser tocado por sua energia.
Assim, permanece nas almas de quem mora na Capital a vontade de despoluí-lo. Por isso, o projeto Socioambiental, visando a tratar o esgoto doméstico da cidade, é saudado com muita expectativa. Lá se vão 14 anos neste empreendimento. É tempo para ser aproveitado no sentido de levar ao conhecimento da população o grave desafio que representa a poluição hídrica. Antes de tudo, ao enfrentar a poluição das águas internas, é preciso entender, como unidade de análise, a bacia hidrográfica. A do Guaíba é constituída (em volume d'água) pelos afluentes Jacuí, Sinos, Gravataí e Caí, desaguadores das respectivas bacias.
O segundo passo é distinguir as formas de poluição, que podem ser: física (corpos estranhos), química (efluentes industriais), bioquímica (insumos agrícolas), biológica (esgoto sanitário) e radioativa. O trabalho para despoluir cursos d'água exige conjunto entre o público e privado, fundamenta-se em tratar efluentes industriais, domésticos e exercer práticas agrícolas sustentáveis.
Fixando a questão no estuário Guaíba, fica patente o gigantesco volume d'água e grande área superficial de escoamento, indicando capacidade para assimilar volumosa carga de poluição orgânica. Porém, lenta escoa a água e, dentro dos limites da sua bacia, localiza-se a maior parte do parque industrial do Estado, 2/3 da população estadual e importante atividade agrícola. Despoluí-lo é tarefa hercúlea, missão para gerações. Serão necessárias ciência e vontade no esforço de estabelecer o Guaíba como manancial capaz de garantir o abastecimento público (doméstico, industrial, agrícola), aliado à disponibilidade para o lazer, esporte, indústria da pesca, com fauna e flora natural. Eu espero.
Engenheiro, ex-coordenador técnico do programa Guaíba-Vive
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO