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Mercado Imobiliário

- Publicada em 01 de Junho de 2015 às 00:00

Empresa do Rio Grande do Sul aposta em bairros sustentáveis


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Jornal do Comércio
Enquanto o mercado de grandes incorporações no País desacelera, os donos da gaúcha Idealiza Urbanismo reforçam o portfólio de terrenos e diversificam o perfil de futuros empreendimentos. Além da expertise de projetos de loteamentos, a empresa decidiu apostar alto em bairros planejados e que buscam sustentabilidade na gestão entre unidades residenciais e mix de serviços e comércio. O primeiro modelo foi lançado em Pelotas, em uma área de 19 hectares, antiga várzea de lavoura de arroz, com valor geral de vendas (VGV) estimado em R$ 1,2 bilhão para implantação de todas as fases em 10 anos.
Enquanto o mercado de grandes incorporações no País desacelera, os donos da gaúcha Idealiza Urbanismo reforçam o portfólio de terrenos e diversificam o perfil de futuros empreendimentos. Além da expertise de projetos de loteamentos, a empresa decidiu apostar alto em bairros planejados e que buscam sustentabilidade na gestão entre unidades residenciais e mix de serviços e comércio. O primeiro modelo foi lançado em Pelotas, em uma área de 19 hectares, antiga várzea de lavoura de arroz, com valor geral de vendas (VGV) estimado em R$ 1,2 bilhão para implantação de todas as fases em 10 anos.
A Idealiza Urbanismo também tem na carteira projetos para áreas em Santa Maria (Centro do Estado), Gaspar (em Santa Catarina) e nas capitais Boa Vista (Roraima) e Macapá (Amapá). "E continuamos a buscar terrenos. Enquanto o mercado reduz planos, a gente compra áreas", diz o sócio-diretor Fabiano De Marco. Parte da explicação para o ritmo que destoa da tendência, ao menos de curto prazo, foi a estratégia adotada desde 2010 pela construtora. Os sócios decidiram formatar iniciativas para atender a cidades a partir de 300 mil habitantes, situadas mais distante das capitais e com espaço para desenvolver projetos.
"A ideia era chegar a locais onde ninguém havia ido, e selecionamos 30 municípios onde visitamos áreas em seis meses", descreve De Marco. Segundo os gestores da empresa, a escalada de projetos dá continuidade à atuação no mercado local, com expansão a outros estados. Em Pelotas, a empresa já havia executado o parque Lagos de São Gonçalo, com VGV de R$ 68 milhões, e Veredas do Alto do Laranjal, de R$ 71 milhões. A Idealiza tem também participação em empreendimento no Litoral Norte, o Bosque de Atlântida (R$ 80 milhões).
"Vendemos bem o primeiro, disseram que era o momento. Vendemos bem o segundo, atribuíram ao fim de um ciclo, estamos em crise e continuamos vendendo", reproduz o outro sócio-diretor, Ricardo Costa. Em Santa Maria, será um loteamento em 130 hectares (1,2 mil lotes), que pode começar a ser comercializado neste ano e com VGV de R$ 255 milhões. Em Gaspar, são 80 hectares (600 lotes) e VGV de R$ 110 milhões. No Norte, são duas áreas com total de 230 hectares, 2,2 mil lotes e VGV de R$ 430 milhões. "A meta é fazer dois lançamentos ao ano, a cada 18 meses, o que garante velocidade de cruzeiro", compara. A previsão é de que cada iniciativa fique pronta em 30 meses.
O projeto de parque planejado em Pelotas acionará ainda um formato que lembra participação público-privada (PPP) em obras e serviços públicos a serem acessados pelos moradores e pelos demais usuários dos empreendimentos de bairro planejado. "É muito diferente de tudo que já fizemos, terá uma associação, que será a alma do empreendimento, pois cuidará da gestão", explica Costa. Para os empreendedores, a essência do projeto contempla o "empoderamento do espaço pela cidadania".
Um dos atrativos do Parque Una, ainda em processo de licenciamento na prefeitura de Pelotas, é a implantação de uma área de lazer que terá equipamentos concebidos por um dos maiores designers de playground do mundo. A área foi comprada em 2009. A cifra da aquisição não é revelada. De Marco admite que o valor foi um pouco salgado para a época, mas a valorização nos últimos anos reforçou a opção. A razão é percebida por quem reside ou passa pela área onde será o futuro empreendimento. O Una será erguido próximo ao shopping da cidade, único até agora, no traçado da avenida São Francisco. A região é uma das fronteiras de expansão urbana, onde podem ser erguidas edificações de maior altura.
Já foram lançados 56 lotes da fase inicial, com venda de 48. Neste ano, serão lançados ainda duas torres residenciais (180 apartamentos), com VGV de R$ 110 milhões. O complexo poderá alcançar 26 torres residenciais e oito comerciais, com potencial de somar 8 mil residentes. "O empreendimento terá estilo arquitetônico próprio e com áreas para cultura, gastronomia e bem-estar", amplia Costa. A implantação das duas primeiras torres residenciais será realizada pela Plano, construtora de Caxias do Sul.

Playground do projeto é desenhado por designer holandês

O projeto para Pelotas se candidata a ser um cartão de visita na investida em bairros planejados, que buscam autonomia (no mix de moradias e serviços) e na gestão compartilhada de áreas comuns, infraestrutura e manutenção. Está previsto um sistema de vigilância, separação de lixo; serão implantadas avenidas e ruas internas. Segundo os empreendedores, a população externa terá acesso aos ambientes. Um dos trunfos, que virou a menina dos olhos dos empresários, é uma área de lazer (onde terá um lago) de quatro hectares, a ser dotada com brinquedos desenhados pelo arquiteto holandês Elger Blitz, considerado um dos experts em design de equipamentos para playground.
Blitz é sócio da Carve, empresa especializada em soluções para mobiliário urbano, e, pela primeira vez, trabalha em uma encomenda para a América Latina, segundo a Idealiza. "O orçamento vai ficar acima do previsto, mas estamos deixando o designer desenvolver as ideias com liberdade. As pessoas não estão acostumadas com esse padrão de equipamentos", entusiama-se Fabiano de Marco. O arquiteto trabalha na fase de rafis, na qual delineia os conceitos, entre eles, de um brinquedo icônico.
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