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Europa

- Publicada em 22 de Abril de 2015 às 00:00

Erro pode ser causa do naufrágio no Mar Mediterrâneo


ALBERTO PIZZOLI/AFP/JC
Jornal do Comércio
A agência de refugiados da Organização das Nações Unidas (ONU) diz acreditar que mais de 800 pessoas se afogaram quando um navio com imigrante tentando chegar à Europa naufragou no sábado, configurando o pior incidente no Mar Mediterrâneo.
A agência de refugiados da Organização das Nações Unidas (ONU) diz acreditar que mais de 800 pessoas se afogaram quando um navio com imigrante tentando chegar à Europa naufragou no sábado, configurando o pior incidente no Mar Mediterrâneo.
Um porta-voz da base da ONU em Genebra, Adrian Edwards, alto comissário para refugiados, disse que terminou de entrevistar a maioria dos 28 sobreviventes. Segundo ele, por meio dos relatos, a agência acredita que mais de 800 pessoas morreram, "tornando este o incidente mais mortal da travessia entre o Norte da África e a Europa de que se tem lembrança".
Conforme Edwards, acredita-se que cerca dos 350 a bordo eram da Eritreia. Outras pessoas são de Síria, Somália, Serra Leoa, Mali, Senegal, Gâmbia, Costa do Marfim, Etiópia e Bangladesh.
A causa mais provável para o naufrágio, de acordo com a Promotoria de Catania, no Sul da Itália, seria um erro do capitão. Tanto as autoridades italianas quanto a Acnur consideram que os passageiros desaparecidos morreram afogados. Com isso, o número de mortes de imigrantes no Mediterrâneo em 2015 chega a 1.776, mais da metade do registrado em 2014.
Segundo os promotores, o barco superlotado foi a pique após bater no cargueiro mercante King Jacob, de bandeira portuguesa, que foi ao local para socorrer os imigrantes depois de receber um chamado da Guarda Costeira italiana. A colisão, ocorrida quando o pesqueiro se aproximou do navio, aliada ao movimento dos imigrantes tentando sair fizeram com que o capitão do barco menor perdesse o controle e o equilíbrio da embarcação e provocasse o naufrágio.
O capitão Mohammed Ali Malek, de origem tunisiana, e o sírio Mahmud Bikhit, que integravam a tripulação do barco estão entre os 28 sobreviventes e foram detidos. Segundo o promotor Rocco Liguori, os dois homens foram indiciados por colaborar com a imigração ilegal. O capitão também foi acusado de homicídio múltiplo por imprudência relacionado ao naufrágio.
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