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Coluna

- Publicada em 15 de Janeiro de 2015 às 00:00

Congresso de empresas


LUIS MACEDO/CÂMARA DOS DEPUTADOS/JC
Jornal do Comércio
“O Congresso não tem 28 partidos, tem 28 empresas. Já existe um número absurdo de partidos e, neste ano, já se negocia a formação de mais três.” A afirmação é do único deputado do PSDB gaúcho na Câmara, Nelson Marchezan Jr.. De acordo com ele, as regras para a divisão do tempo de propaganda política na televisão levam à formação de partidos de aluguel. “Hoje, se forma partido para vender esse tempo. Há um preço para fazer coligação.” E a reforma política que se discute não irá resolver esse problema. “Só se debate interesses individuais e de partidos.” Para o deputado, as manifestações de junho de 2013 são um recado para os políticos. “A sociedade percebeu que não existem super-heróis e que as estruturas de poder são compradas. A mudança não virá das instituições. Quem estava nos protestos não era a Ordem dos Advogados do Brasil, era o pai de família com os seus filhos.”
“O Congresso não tem 28 partidos, tem 28 empresas. Já existe um número absurdo de partidos e, neste ano, já se negocia a formação de mais três.” A afirmação é do único deputado do PSDB gaúcho na Câmara, Nelson Marchezan Jr.. De acordo com ele, as regras para a divisão do tempo de propaganda política na televisão levam à formação de partidos de aluguel. “Hoje, se forma partido para vender esse tempo. Há um preço para fazer coligação.” E a reforma política que se discute não irá resolver esse problema. “Só se debate interesses individuais e de partidos.” Para o deputado, as manifestações de junho de 2013 são um recado para os políticos. “A sociedade percebeu que não existem super-heróis e que as estruturas de poder são compradas. A mudança não virá das instituições. Quem estava nos protestos não era a Ordem dos Advogados do Brasil, era o pai de família com os seus filhos.”
Oposição maior
E isso, segundo o deputado, pode fazer a oposição crescer ainda mais. “Nos últimos quatro anos foi muito difícil fazer oposição com a maioria absoluta do Congresso vinculada ao Executivo por conta de dinheiro. Em 2014, a minoria aumentou um pouquinho de tamanho, mas aumentou muito a qualificação. Temos José Serra no Senado, Aécio Neves mais qualificado. Vai aumentar o combate às estripulias do governo.” Além disso, outros partidos se juntaram ao PSDB, DEM e PPS no bloco da oposição. Em 2013, o PSB, um dos maiores aliados do governo, saiu da base para lançar o seu candidato à presidência, Eduardo Campos. Campos morreu e foi substituído por Marina Silva. Após a derrota, o PSB anunciou que faria oposição ao governo. Já o Solidariedade nasceu para se opor. “A presença de outras matizes ideológicas, principalmente a de um partido que até pouco tempo atrás era vinculado ao governo, é uma coisa boa. Um cidadão que não goste do PT e do PSDB tem opções”.
Surpresas de Brasília
Marchezan chegou a Brasília em 2011. E se surpreendeu com duas coisas. “Algo positivo da cidade é que há uma qualidade nas pessoas. Quem é de Brasília sabe muito e discute diversas pautas. A surpresa negativa é o tamanho das coisas como a corrupção e o estado. São gigantescos. Há uma relação promíscua, de interesses corporativos e pessoais.” Depois ele começou a entender como funciona. E foi atrás. Ele participou de quase todas as comissões da Câmara. “Os deputados gaúchos tem uma marca. E isso é o recomendado. Eu prefiro ter uma amplitude de visões.”
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