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Gestão

- Publicada em 25 de Janeiro de 2010 às 00:00

Costa destaca o papel do endomarketing nas corporações


André Netto/JC
Jornal do Comércio
Mais do que criar um ambiente solidário na empresa e facilitar o fluxo de informações entre os funcionários, o endomarketing tem sido defendido pelos especialistas como uma forma eficiente de encantar o cliente final. A lógica é a seguinte: quanto melhor a companhia trabalhar seu clima organizacional, superior será a qualidade do serviço ou do produto que chegará ao consumidor.

Mais do que criar um ambiente solidário na empresa e facilitar o fluxo de informações entre os funcionários, o endomarketing tem sido defendido pelos especialistas como uma forma eficiente de encantar o cliente final. A lógica é a seguinte: quanto melhor a companhia trabalhar seu clima organizacional, superior será a qualidade do serviço ou do produto que chegará ao consumidor.

“A qualidade da relação que uma empresa estabelece com seu mercado, clientes e consumidores é um reflexo direto da qualidade da relação que tem com seus colaboradores”, defende Daniel Costa, um dos diretores da consultoria gaúcha de endomarketing Santo de Casa. Ou seja: quanto mais extensos forem os esforços da empresa em oferecer um bom ambiente de trabalho, maior será a percepção disto pelo funcionário e sua motivação por dar o melhor de si em suas tarefas.
Costa cita o exemplo real de uma grande rede de farmácias gaúcha, que tem como estratégia de mercado oferecer um serviço sempre qualificado ao cliente, mesmo que para isso tenha custos elevados com a qualificação de seus funcionários e programas de informação das estratégias comerciais. Os investimentos compensam no momento em que o vendedor indicará os produtos certos e o balconista prestará um bom atendimento aos usuários.
Uma organização com marketing interno azeitado também tem maiores chances de reter talentos e conseguir obter destes dedicação e ideias inovadoras - um ganho competitivo relevante. Costa cita as dez empresas mais admiradas listadas no levantamento Marcas de Quem Decide, do Jornal do Comércio, como exemplares. “Todas elas possuem programas de endomarketing bem consolidados, e com isso obtém diminução significativa no turnover, redução de acidentes de trabalho, aumento nas vendas e no preço médio dos produtos”, explica.
Trabalhar as datas comemorativas do calendário laboral e colar pelas paredes listas dos aniversariantes do mês foram as atividades mais comuns de comunicação interna por muito tempo. Mas hoje são obsoletas. De uns anos para cá, o endomarketing passou a ter mais serventia do que informar festividades aos funcionários, sendo visto como uma ferramenta fundamental para a estratégia.
“Divulgação e desdobramento das estratégias, construção de um sentimento de pertencimento, promoção do engajamento, desenvolvimento de um processo de informação mais eficiente e eficaz e desenvolvimento do líder são algumas necessidades da organização que vêm sendo atendidas pelo endomarketing”, relata Carlos Eduardo Palhares André, diretor de Criação da agência de endomarketing HappyHouseBrasil. Para ele, quem incorpora estratégia e planejamento ao seu marketing interno tem boas chances de ampliar a sua competitividade.
Foi este o caminho percorrido pela Famastil Taurus Ferramentas, com sede em Gramado, para levar os valores e as estratégias a todos os seus funcionários, além de divulgar notícias, números de desempenhos e o perfil de cada um de seus lançamentos. “Temos 600 funcionários, sendo que cem deles trabalham longe da fábrica, por isso pensamos, com a ajuda de uma empresa terceirizada, em uma forma de levar o conhecimento da empresa a todos”, explica Giuliano Tissot, diretor de Marketing da Famastil.
Há três anos, a companhia passou a organizar seus fluxos internos de comunicação de massa, lançando jornais, newsletter e revista trimestral. Agora, as mesmas informações estão ao acesso dos diretores e dos funcionários de chão de fábrica. “Já percebemos muitas mudanças, como a padronização da linguagem e da conduta de nossos funcionários com a priorização ao cliente, e isto beneficia diretamente os negócios”, observa.

Pesquisa de clima organizacional aponta canais mais eficientes

Antes de mergulhar no endomarketing, a companhia precisa estar ciente de suas estratégias e preparada para levá-las aos funcionários de maneiras mais adequadas. Para isso, é importante promover uma pesquisa para avaliar o nível de conhecimento e as ações necessárias para estimular a atual permeabilidade das estratégias pelos colaboradores e entender onde se quer chegar.

“O grande instrumento para medir isso é uma pesquisa de clima organizacional. Com um raio-x da organização, a empresa identifica quais pontos precisam de melhoria”, explica Carlos Eduardo Palhares André, da HappyHouse. A própria pesquisa merece uma ação de endomarketing eficaz, diga-se de passagem. Desde uma ação para que as pessoas respondam à pesquisa até a apresentação dos resultados e a colaboração na divulgação dos planos de melhoria são consequências de uma estratégia correta.
Existem incontáveis formas de promover o endomarketing, cada uma adequada a um tipo de empresa. A rádio interna, por exemplo, tem grande impacto nas indústrias, uma vez que normalmente estas têm refeitório, ambiente que todos frequentam em um mesmo horário.
A própria arquitetura da companhia deve ser pensada de forma a favorecer a comunicação, e isso funciona ainda melhor quando uma mesma unidade concentra as atividades administrativas da empresa. Pensar na localização das salas e na distribuição dos corredores pode favorecer o fluxo de informações, criando um ambiente de interação, convivência e consumo imediato de notícias.
O bom uso destes canais favorece a compreensão dos funcionários por aquilo que sua empresa tem de melhor: plano de saúde, programa de incentivo à educação, auxílio-creche, previdência privada etc. Também pode servir para divulgar o que ela faz, fez ou fará: segurança no trabalho, qualidade, sustentabilidade, responsabilidade social, premiações e metas.
E, por fim, vender quem ela é: valores corporativos, planejamento estratégico, posicionamento de mercado, dentre outros aspectos. “A propaganda interna eficaz é aquela que é tão boa quanto a que é feita pelas melhores agências de propaganda”, diz Daniel Costa, da Santo de Casa.

Receita regula programa que cria licença-maternidade de seis meses

A partir de hoje, as empresas vão poder aderir ao programa Empresa Cidadã, que permite a prorrogação por mais dois meses do prazo de licença-maternidade. As empresas que quiserem conceder o benefício às suas empregadas poderão abater a despesa do Imposto de Renda (IR) devido. O prazo da licença-maternidade é de quatro meses. Se a companhia aderir ao programa, a funcionária poderá tirar uma licença de seis meses. Quem paga o benefício nos quatro meses é o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Na prática, no entanto, o benefício terá alcance reduzido para as pessoas jurídicas que pagam o IR pela sistemática de lucro real, um universo de apenas 150 mil empresas no País, a maioria grandes corporações. As empresas incluídas no Simples Nacional ou que pagam IR pelo sistema de lucro presumido não têm como abater a despesa do IR devido, o que impede que as suas empregadas possam pedir o benefício.
Para aderir ao programa, a empresa deve fazê-lo no site da Receita na internet, por meio de um requerimento de adesão. A empregada deve pedir a prorrogação diretamente à sua empresa. O pedido tem de ser feito até o final do primeiro mês após o parto. “O conteúdo social da prorrogação é inegável. Mas a concessão do benefício é sempre um direito da empresa”, disse Marcelo Lins, coordenador-geral de Arrecadação e Cobrança da Receita, Marcelo Lins.
A regulamentação do benefício da prorrogação da licença-maternidade foi publicada na sexta-feira no Diário Oficial da União, mais de um ano depois da aprovação da Lei 11.770, de setembro de 2008, que criou o programa Empresa Cidadã.
Segundo o coordenador de cobrança da Receita, João Paulo Martins, as 150 mil empresas que declaram o IR pelo lucro real empregam cerca de 40% da mão de obra feminina do País.

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