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CONJUNTURA INTERNACIONAL

- Publicada em 18 de Dezembro de 2014 às 00:00

Em cúpula do Mercosul, Dilma diz que é preciso recuperar comércio


JUAN MABROMATA/AFP/JC
Jornal do Comércio
A presidente Dilma Rousseff afirmou ontem que os presidentes dos países que formam o Mercosul devem “trabalhar ativamente” para recuperar a fluidez do comércio intrabloco, formado por Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela. “Assim conseguiremos retomar a trajetória de crescimento ascendente”, disse Dilma. Por 21 minutos, Dilma falou sobre a necessidade de “aprofundar” o Mercosul, as dificuldades colocadas pela crise econômica mundial e a expectativa pelo acordo entre o Mercosul e a União Europeia. Ela também citou a decisão de emplacar todos os veículos dos países com “placas Mercosul”, de forma a facilitar a livre circulação de pessoas no bloco.
A presidente Dilma Rousseff afirmou ontem que os presidentes dos países que formam o Mercosul devem “trabalhar ativamente” para recuperar a fluidez do comércio intrabloco, formado por Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela. “Assim conseguiremos retomar a trajetória de crescimento ascendente”, disse Dilma. Por 21 minutos, Dilma falou sobre a necessidade de “aprofundar” o Mercosul, as dificuldades colocadas pela crise econômica mundial e a expectativa pelo acordo entre o Mercosul e a União Europeia. Ela também citou a decisão de emplacar todos os veículos dos países com “placas Mercosul”, de forma a facilitar a livre circulação de pessoas no bloco.
“Podemos nos orgulhar também da definição de temas permanentes, como a agenda dos direitos humanos e, a partir de agora, com a instalação da reunião de autoridades de povos indígenas”, disse Dilma, que recebeu a simbólica presidência temporária do Mercosul das mãos de Cristina Kirchner, anfitriã da Reunião da Cúpula na cidade de Paraná, capital da província de Entre Ríos. O Brasil assume a presidência temporária do Mercosul pelos próximos seis meses. No seu discurso durante o encontro de cúpula dos líderes do Mercosul, Dilma Rousseff afirmou que é preciso “trabalhar para recuperar a fluidez do mercado intrabloco”. Foi a única menção à queda das exportações do Brasil à Argentina, que, neste ano, são cerca de 25% menores do que em 2013.
A presidente afirmou também que a queda do preço do barril do petróleo irá atingir todos os países da região e que por isso é preciso “redobrar” a aposta na integração regional. Sobre as negociações com a União Europeia, Dilma afirmou que o Mercosul tem um conjunto de propostas para derrubar taxas de importação, mas que o bloco que tem sede administrativa em Bruxelas precisa entregar as suas listas de pretensões ao mesmo tempo, e que os europeus ainda não estão prontos. A presidente se emocionou e chorou ao elogiar, no fim de seu pronunciamento, o colega José “Pepe” Mujica, presidente do Uruguai.
“Aprendemos muito com a experiência e intercâmbio que tivemos com você nos últimos anos”, disse Dilma, com a voz embargada. Mujica conclui seu mandato em março e a reunião de ontem do Mercosul é seu último compromisso multilateral. A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, falou sobre a acordo comercial com a União Europeia, mas disse que um acordo deve contemplar as assimetrias entre as duas regiões. Dilma também apoiou a Argentina em sua disputa contra os fundos “abutres”. Ressaltando a “luta argentina por um desfecho justo da sua reestruturação de dívida soberana”, ela lembrou que o Brasil já apoiou o país vizinho na ONU, no encontro dos Brics e no G-20.

Crise russa deve ter pouco impacto na economia global, diz consultoria

A crise financeira que se prevê para a Rússia nos próximos meses, com o mercado apostando em estagnação do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014 e recessão em 2015, terá um impacto pequeno na economia global, avaliou ontem a consultoria Capital Economics.
O país virou alvo de preocupações dos investidores nos últimos dias após a forte depreciação do rublo, que acumula queda de 50% em relação ao dólar em 2014. Em uma tentativa de conter as perdas, o banco central russo anunciou uma significativa alta na taxa de juros, de 10,5% ao ano para 17%, o que causou pouco efeito no câmbio. Apesar do aperto, a divisa russa chegou a perder 20% ante o dólar só na terça-feira. Em meio a isso, os preços do petróleo seguem em queda, piorando as perspectivas para as finanças do governo da Rússia, que depende das exportações da commodity para bancar suas despesas. Segundo dados levantados pela consultoria, a Rússia corresponde a somente 2,7% do PIB mundial e a 1,7% das ações negociadas em todo o mundo.

Rússia anuncia medidas para o setor financeiro

O Banco Central da Rússia anunciou ontem medidas para flexibilizar a regulamentação para bancos na tentativa de estabilizar o sistema financeiro nacional, em meio a uma das maiores quedas do rublo na história do país. A autoridade monetária informou que está aumentando para dois anos, de um ano anteriormente, a moratória sobre provisões adicionais para empréstimos a tomadores de crédito com dificuldades, em caso de força maior. A entidade vai permitir que os bancos não façam provisão adicional para empréstimos reestruturados, devido ao movimento das taxas de câmbio.
Para fortalecer os balanços dos bancos, o Banco da Rússia aplicou uma moratória temporária ao reconhecer reavaliações negativas de carteiras de ativos. A entidade também está permitindo que os bancos utilizem a taxa de câmbio do último trimestre ao liquidar “reivindicações prudenciais de operações de câmbio”.
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