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TRANSPORTES

- Publicada em 28 de Novembro de 2014 às 00:00

Operação do catamarã no Cristal inicia em dezembro


MARCO QUINTANA/JC
Jornal do Comércio
O solitário píer construído em frente ao BarraShoppingSul, que permanece à espera de passageiros desde março de 2013, finalmente passará a ser utilizado. Após a liberação da Marinha do Brasil, divulgada nesta quinta-feira durante a apresentação do Plano Hidroviário Metropolitano, o catamarã da zona Sul, que já tomava formas de lenda urbana, ganhou autorização para transportar passageiros.
O solitário píer construído em frente ao BarraShoppingSul, que permanece à espera de passageiros desde março de 2013, finalmente passará a ser utilizado. Após a liberação da Marinha do Brasil, divulgada nesta quinta-feira durante a apresentação do Plano Hidroviário Metropolitano, o catamarã da zona Sul, que já tomava formas de lenda urbana, ganhou autorização para transportar passageiros.
A última previsão de início do trajeto era agosto. Agora, foi definido que a primeira travessia ocorrerá em 12 de dezembro. O percurso ligará o bairro Cristal, na zona Sul, ao Cais Mauá e ao Centro de Guaíba. As três embarcações, que prestam serviço nas paradas da Mauá e de Guaíba, serão utilizadas no novo trajeto. Cada uma delas tem capacidade para 120 passageiros sentados. De acordo com o superintendente da Metroplan (Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional), Oscar Escher, a parada do BarraShoppingSul será tratada como uma variante, aumentando em cinco minutos o tempo do trajeto. “Criaremos novos horários para incluir a nova travessia. Não queremos prejudicar os passageiros que já acostumados com o serviço”, explicou.
Desde a construção do píer, os impasses que impediram a liberação do trajeto foram inúmeros. A Metroplan reunia esforços para liberar o trecho desde o ano passado. O entrave com a empresa CatSul, responsável pela operação da embarcação, foi o primeiro obstáculo. A empresa, na época, não era cadastrada junto à Marinha. Em seguida, foi necessário que um estudo do fundo do lago Guaíba, chamado batimetria multifeixe, fosse realizado. “Não possuíamos os equipamentos aqui no Rio Grande do Sul”, justificou Escher. “Uma vez que o projeto foi financiado pela Metroplan, faltava a aprovação da Marinha, que passou por um processo burocrático demorado”, esclareceu.
A questão da sinalização também gerou um impasse neste ano. Uma vez que a medição da profundidade do lago, a chamada batimetria, foi aprovada em julho, o trecho havia sido reconhecido como navegável. Entretanto, à época, a Marinha ainda precisava avaliar o projeto de navegação, que continha a sinalização necessária para a rota. O projeto previa dez boias, que deveriam ser colocadas pela Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH). Uma vez que cada boia custa cerca de R$ 30 mil, uma licitação seria realizada para definir quem ficaria responsável pela compra do equipamento.
De acordo com Escher, a licitação não foi necessária, pois a SPH conseguiu os recursos necessários para viabilizar a compra e a instalação das boias até o dia 12. “Eles nos garantiram que tudo estaria pronto até a data estipulada”, afirmou o superintendente. Além disso, para que o transporte comece a ser realizado, a Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs) ainda precisa homologar o serviço e definir o valor da tarifa.
Com relação à estrutura do píer, Escher não se mostrou preocupado. “Talvez seja preciso trocar alguma peça ou outra, mas nada que não possa ser resolvido”, garantiu. A expectativa é de que outro atracadouro, financiado pelo Sport Club Internacional, seja construído no Beira-Rio até 2015.

Edital para rota do rio Jacuí será lançado em 90 dias

Nesta quinta-feira, também foi divulgado o Plano Hidroviário do Rio Grande do Sul, que pretende planejar e estruturar as ações no transporte aquaviário de passageiros. A Metroplan pretende divulgar em 90 dias o edital para a licitação da extensão da rota do transporte hidroviário até o rio Jacuí.
A licitação, que envolve os municípios de Triunfo, São Jerônimo e Charqueadas, foi apresentada ao Ministério das Cidades, que manifestou interesse em financiar parte dos recursos. Uma audiência pública já foi realizada no dia 20 de novembro, em Triunfo. A próxima será em São Jerônimo, no dia 4, e, depois, haverá outra em Charqueadas, no dia 10. “Será um processo demorado. Estamos trabalhando para que avance bastante em 2015, mas só deve realmente começar a operar em 2016”, argumentou Escher.
A rota do Jacuí partirá do Centro de Porto Alegre e passará, além das cidades supracitadas, pela Ilha da Pintada e pelo Polo Petroquímico. Os estudos da Metroplan preveem a possibilidade de que a rota ainda percorra outro braço do Jacuí, que passará pelo terminal de integração de Canoas, na Praia de Paquetá. Além do transporte, a rota também terá fins turísticos. 
De acordo com o superintendente, muitas outras rotas poderiam ser licitadas. A prioridade dada ao Jacuí se deve ao fato de que já existe uma operação de travessia entre São Jerônimo e Triunfo. Sendo assim, foi decidido licitar não apenas a travessia, e sim, toda a rota. “Economizaremos tempo e também procuraremos uma empresa que tenha fôlego econômico para financiar todo o trâmite.”
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