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Indústria

- Publicada em 30 de Outubro de 2014 às 00:00

Montadoras pedem manutenção do IPI menor


MÁRCIO FERNANDES/AE/JC
Jornal do Comércio
O presidente da General Motors (GM) para a América Latina, Jaime Ardila, defendeu, ontem, a retomada das negociações com o governo para a continuidade da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em 2015. O benefício do IPI menor para o setor automotivo, que teve sua elevação prorrogada de julho para o final de dezembro, é considerado pelos empresários como fundamental para amenizar o quadro de queda nas vendas de veículos no País.
O presidente da General Motors (GM) para a América Latina, Jaime Ardila, defendeu, ontem, a retomada das negociações com o governo para a continuidade da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em 2015. O benefício do IPI menor para o setor automotivo, que teve sua elevação prorrogada de julho para o final de dezembro, é considerado pelos empresários como fundamental para amenizar o quadro de queda nas vendas de veículos no País.
“O IPI como está hoje faz parte da indústria. O consumidor já se acostumou com ele e, se mudar, não pode aumentar”, afirmou Ardila, que espera que a Anfavea, associação que reúne as montadoras, lidere a reivindicação junto ao governo.
O presidente da Anfavea, Luiz Moan, já havia afirmado que a reeleição da presidente Dilma Rousseff poderia facilitar as negociações para renovar o benefício, já que foi no governo dela que as reduções do IPI foram mantidas para compensar a redução nas vendas de veículos.
Segundo o executivo da GM, a setor automotivo no Brasil é um importante empregador e responde por cerca de 25% do PIB da indústria nacional. Mesmo com a continuidade do benefício, Ardila espera um início de 2015 com estoques ainda altos nos pátios das montadoras, que hoje estão com cerca de 40 dias de vendas.
Questionado sobre a manutenção do benefício do IPI em 2015, o vice-presidente de assuntos institucionais da Ford, Rogelio Golfarb, disse que se trata de uma decisão necessária para um planejamento adequado das montadoras no próximo ano. Para ele, o fim das eleições também deve ajudar o mercado a reduzir as incertezas entre os consumidores. “Voltamos à vida normal, e os consumidores deverão prestar mais atenção aos lançamentos que serão apresentados”, disse Golfarb durante o Salão do Automóvel de São Paulo.
A GM deve encerrar 2014 com vendas de 600 mil carros no Brasil, após 630 mil em 2013, uma queda de 4,8%. Para 2015, Ardila projetou que a companhia possa obter vendas de cerca de 630 mil unidades. Em termos de produção, a estimativa dele é de que a GM produza 700 mil veículos no Brasil neste ano, “o que é um nível que tínhamos alcançado 6 anos atrás”. O executivo disse que, se as exportações de veículos do Brasil não crescerem, “vai ser difícil para o mercado absorver. Vamos (indústria) ter capacidade sobrando acima de 1 milhão de unidades em 2016”.
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