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parlamento gaúcho

- Publicada em 30 de Outubro de 2014 às 00:00

Ato comemora 25 anos da Constituição do Rio Grande do Sul


MARCELO BERTANI/AGÊNCIA AL RS/JC
Jornal do Comércio
Comemorando os 25 anos da promulgação da Constituição do Rio Grande do Sul, os deputados estaduais promoveram ontem uma sessão solene para celebrar o aniversário da Carta Magna, que data de 3 de outubro de 1989. Na ocasião, os parlamentares da atual legislatura – que frequentemente evocam na tribuna esse ou aquele artigo da Carta Magna – estiveram frente a frente com os deputados que formularam o texto ao longo de quatro anos. Entre as cadeiras do plenário, alguns parlamentares da atual legislatura e alguns da constituinte aproveitaram o encontro para conversar e trocar experiências. Em alguns momentos, a homenagem foi encoberta por comentários ainda embebidos pelo clima eleitoral.  
Comemorando os 25 anos da promulgação da Constituição do Rio Grande do Sul, os deputados estaduais promoveram ontem uma sessão solene para celebrar o aniversário da Carta Magna, que data de 3 de outubro de 1989. Na ocasião, os parlamentares da atual legislatura – que frequentemente evocam na tribuna esse ou aquele artigo da Carta Magna – estiveram frente a frente com os deputados que formularam o texto ao longo de quatro anos. Entre as cadeiras do plenário, alguns parlamentares da atual legislatura e alguns da constituinte aproveitaram o encontro para conversar e trocar experiências. Em alguns momentos, a homenagem foi encoberta por comentários ainda embebidos pelo clima eleitoral.  
Duas personalidades foram mencionadas em quase todos os discursos: o ex-ministro da Agricultura Mendes Ribeiro Filho (PMDB), que foi relator da constituinte; e o governador eleito José Ivo Sartori (PMDB), que foi deputado constituinte. Mendes Ribeiro – unanimidade no microfone do púlpito – pediu para que o presidente da Câmara, Gilmar Sossella (PDT), lesse o seu discurso, pois estava muito debilitado por conta do tratamento de um tumor no cérebro. 
Elogiou o trabalho exaustivo que todos os deputados estaduais desempenharam naquela legislatura, ouvindo propostas de movimentos da sociedade civil e entidades de classe para a Constituição. E, através da leitura de Sossella, lembrou particularmente do colega constituinte Carlos Araújo (PDT), que também estava presente no evento: “Viramos madrugadas escrevendo e reescrevendo artigos e mais artigos”.
Sartori, por sua vez, saiu discretamente do plenário, acompanhado da esposa, deputada estadual Maria Helena Sartori (PMDB) – para descansar em um recesso depois das eleições. Entretanto, o tempo que permaneceu na sessão, sentado junto com a bancada peemedebista da Assembleia, foi suficiente para ser citado por quatro parlamentares.
Eles o saudaram pela vitória nas eleições, fazendo poucos comentários sobre sua atuação na constituinte. O deputado Alexandre Postal (PMDB) comparou a postura de Sartori na campanha para o governo do Estado e na formulação da Constituição. “Ele (Sartori) se manteve aberto ao diálogo, se manteve coerente durante a Constituinte. Exatamente como nesta campanha eleitoral”, ponderou.
Ernani Polo (PP) também mencionou o governador recém-eleito. Depois de afirmar que, durante a elaboração da Carta Magna, os parlamentares entraram “em um consenso a favor do Rio Grande do Sul”. Em seguida, disse que esperava que tal consenso se repetisse na gestão de Sartori.
“Estamos saindo de um ambiente eleitoral, em que, às vezes, as paixões se excedem. Mas espero que, no próximo governo, o consenso que surgiu durante a Constituinte, em prol do Rio Grande, se repita”, projetou Polo.
Apesar do antecessor na tribuna ter conclamado a convergência, o deputado Jorge Pozzobom (PSDB) usou o evento em comemoração ao aniversário da Constituição para criticar o baixo nível da campanha eleitoral deste ano, cuja responsabilidade atribuiu ao PT. Sacudindo a Constituição no ar, discursou exaltado, olhando fixamente para a fileira de cadeiras ocupadas exclusivamente por deputados constituintes. O discurso de Pozzobom causou constrangimento entre alguns parlamentares. 
“Esta Constituição é o símbolo da democracia. Mas por que estou falando em democracia? Porque não podemos esquecer o que aconteceu há poucos dias, durante a campanha ao governo do Estado e à presidência da República. Nunca se viu tanto ódio, tanta mentira, tanta calúnia durante uma eleição. E não é isso que os senhores colocaram aqui na Constituição”, exclamou, se dirigindo aos constituintes.
Um dos últimos a falar foi o deputado Catarina Paladini (PSB) – um dos mais jovens na atual legislatura – que cumprimentou os autores da Constituição. Mas concluiu fazendo uma crítica à representatividade do Parlamento estadual.
“Tenho que fazer uma autocrítica à atual representação do povo nessa Casa. As pessoas não se sentem representadas. As manifestações de junho de 2013 e a abstenção de mais de 25 milhões de cidadãos são indicativos de que alguma coisa não está indo bem”, avaliou.
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