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ENERGIA

- Publicada em 24 de Outubro de 2014 às 00:00

BSBios prepara aumento do volume de produção em 17%


FREDY VIEIRA/JC
Jornal do Comércio
A elevação da participação do biodiesel na fórmula do óleo diesel de 6% para 7% (o chamado B7), que começará a vigorar no dia 1 de novembro, fará com que as empresas do setor preparem-se para atender ao incremento da demanda, como é o caso da BSBios. O grupo pretende passar a atual capacidade de produção de 340 milhões de litros anuais, para aproximadamente 400 milhões de litros em 2015, um crescimento de cerca de 17%.
A elevação da participação do biodiesel na fórmula do óleo diesel de 6% para 7% (o chamado B7), que começará a vigorar no dia 1 de novembro, fará com que as empresas do setor preparem-se para atender ao incremento da demanda, como é o caso da BSBios. O grupo pretende passar a atual capacidade de produção de 340 milhões de litros anuais, para aproximadamente 400 milhões de litros em 2015, um crescimento de cerca de 17%.
O diretor-presidente da BSBios, Erasmo Carlos Battistella, informa que a ampliação será feita nas unidades já existentes localizadas em Passo Fundo (RS) e Marialva (PR). O objetivo é manter a empresa entre as três maiores produtoras de biodiesel no Brasil. A companhia está em fase de detalhamento da iniciativa e ainda não possui o cálculo consolidado do investimento necessário para levá-la adiante. Em 2014, a BSBios projeta comercializar entre 300 milhões a 320 milhões de litros de biodiesel, contra aproximadamente 280 milhões de litros verificados no ano passado.
Battistella destaca que a evolução de mercado propiciada com o B7 será muito importante. No entanto, o empresário acrescenta que após as eleições, independentemente do resultado da disputa, os agentes do segmento tentarão discutir com o governo a criação de uma política de longo prazo, com previsibilidade. O executivo salienta que o País não chegou nem perto de atingir todo o seu potencial quanto ao consumo de biodiesel. De acordo com o dirigente, que também é presidente da Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil (Aprobio), é possível alcançar uma participação de 10% do biocombustível na fórmula do biodiesel, até meados do ano de 2018, e até 20% em longo prazo, entre 2025 e 2030. Esse tempo seria fundamental para a cadeia agrícola preparar-se para produzir as matérias-primas necessárias.
Segundo Battistella, atualmente cerca de 80% do biodiesel nacional é fabricado através da soja e o restante é complementado com outras oleaginosas e gordura animal. Se houver uma política consistente, com maior incremento do percentual do biocombustível, a tendência é diversificar a utilização das matérias-primas com o aproveitamento de culturas como a da canola, girassol, pinhão manso, entre outras. Apesar dessa perspectiva, o empresário enfatiza que a soja sempre terá um papel relevante dentro do segmento, pois o Brasil deverá consolidar-se como o maior produtor mundial desse grão.
Outro interesse da BSBios é quanto à produção de biolubrificantes, que podem ser utilizados, por exemplo, como óleo hidráulico para a área industrial. Battistella diz que as pesquisas sobre o assunto avançaram, entretanto não foi determinada a rota tecnológica a ser seguida. Nesse trabalho, a empresa conta com o apoio da sua parceira Petrobras, que em 2011 adquiriu, através de sua subsidiária integral Petrobras Biocombustível, 50% do capital social da BSBios. Recentemente, o Tribunal de Contas da União (TCU) realizou uma auditoria para analisar a associação das companhias. Battistella informa que o assunto já foi finalizado e é aguardada agora a publicação do relatório do tribunal. O empresário ressalta que a BSBios não teve acesso à análise do TCU. Conforme o dirigente, a investigação não afetou a parceria ou o planejamento das companhias. “E eu acredito que isso é salutar para mostrar que a Petrobras fez um negócio correto, um negócio bom”, sustenta. Battistella foi o palestrante da reunião-almoço promovida pela Câmara Brasil-Alemanha, nessa quinta-feira, no Salão Nobre do Hotel Paza São Rafael, em Porto Alegre.
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