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SAÚDE

- Publicada em 26 de Setembro de 2014 às 00:00

Doenças cardiovasculares estão entre as que mais matam no Brasil


JONATHAN HECKLER/JC
Jornal do Comércio
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em âmbito global. Mais pessoas morrem anualmente por complicações cardíacas do que por qualquer outra razão. Dados da OMS mostram que cerca de 9,4 milhões de pessoas morrem a cada ano por causa de doenças do coração. A organização também estima que, em meados de 2030, mais de 23 milhões de pessoas padecerão anualmente por complicações cardíacas. É com essas estatísticas em mente, e também em alusão ao Dia Mundial do Coração, celebrado na próxima segunda-feira, que o Hospital Ernesto Dornelles promove nesta sexta-feira, das 11h às 18h, consultoria gratuita no Bourbon Shopping Ipiranga (avenida Ipiranga, 5.200), em Porto Alegre. Intitulado Saúde do Coração, o evento, realizado pela 12ª vez e que começou na quinta-feira, reúne médicos cardiologistas, cirurgiões vasculares, pneumologistas, enfermeiros, psicológicos e nutricionistas, que estarão à disposição para esclarecimentos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em âmbito global. Mais pessoas morrem anualmente por complicações cardíacas do que por qualquer outra razão. Dados da OMS mostram que cerca de 9,4 milhões de pessoas morrem a cada ano por causa de doenças do coração. A organização também estima que, em meados de 2030, mais de 23 milhões de pessoas padecerão anualmente por complicações cardíacas. É com essas estatísticas em mente, e também em alusão ao Dia Mundial do Coração, celebrado na próxima segunda-feira, que o Hospital Ernesto Dornelles promove nesta sexta-feira, das 11h às 18h, consultoria gratuita no Bourbon Shopping Ipiranga (avenida Ipiranga, 5.200), em Porto Alegre. Intitulado Saúde do Coração, o evento, realizado pela 12ª vez e que começou na quinta-feira, reúne médicos cardiologistas, cirurgiões vasculares, pneumologistas, enfermeiros, psicológicos e nutricionistas, que estarão à disposição para esclarecimentos.
O Jornal do Comércio entrevistou o cardiologista Cyro Leães, chefe do setor de cardiologia clínica do hospital, que garantiu que medidas drásticas, como abdicar do consumo de carne, não precisam ser tomadas. Para garantir um coração saudável, é importante aliar equilíbrio alimentar à prática de exercícios físicos.
Jornal do Comércio – Qual a importância de ações como o Saúde do Coração para o benefício da população?
Cyro Leães - O evento, promovido pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, busca alertar a população sobre essa questão das cardiopatias. Queremos chamar a atenção para cuidados com a saúde do coração, como a necessidade de um controle de peso e da prática de exercício, além de um controle da pressão arterial, dos índices de colesterol e da importância da visita periódica ao médico, principalmente depois dos 40 anos. Essas doenças, que geralmente parecem abruptas, nem sempre o são, uma vez que podem ficar encubadas por muito tempo. Quando o paciente não realiza exames periódicos, perde-se a chance de efetuar a profilaxia de doenças mais graves.
JC – O desenvolvimento de doenças cardíacas está associado à má alimentação. No Rio Grande do Sul, o consumo de carne vermelha é frequente. Como os gaúchos podem proceder?
Leães – Não sou dos mais radicais. Acho que o consumo de carne vermelha não precisa ser interrompido, mas é preciso evitar comer carne com muita gordura. Sou gaúcho, gosto de comer carne também. O churrasco é permitido, mas é melhor desviar do excesso de gordura. Durante a semana, é bom mesclar com peixes, vegetais e frutas. A gordura tem relação com o excesso de colesterol, mas nisso também entra o controle do peso. Com exercícios físicos praticados regularmente e uma dieta saudável, é possível se manter no peso adequado, sem abandonar a carne.
JC – O consumo exagerado de álcool e o hábito de fumar também constituem fatores de risco. Como se prevenir?
Leães – O fumo não deveria existir. É o fator de maior risco para termos de doenças cardíacas. Provoca a vasoconstrição das coronárias, além de dificultar a liberação de oxigênio pela hemoglobina. A simples realização de exames pelo paciente não é suficiente. O médico vai recomendar que ele pare de fumar. Somente essa medida já evitaria muitos problemas vasculares. O álcool também é um fator de risco e deve ser consumido com moderação.
JC – Pode-se dizer que doenças cardiovasculares são mais frequentes em homens?
Leães – Na verdade, não. O que acontece é que, até certa idade, há a prevalência da doença em homens, uma vez que o estrogênio atua como protetor nas mulheres. Depois dos 50, 55 anos, a idade que compreende a menopausa, homens e mulheres sofrem da mesma chance de desenvolver essas patologias. A diferença é que a mulher procura mais o médico, então, o diagnóstico é mais frequente entre o sexo feminino. É algo corriqueiro nos consultórios, os homens, geralmente, vêm acompanhados da esposa ou da mãe. Poucos chegam à consulta por conta própria. Talvez seja decorrência de uma questão cultural, onde o homem precisa parecer mais resistente, o que é uma tolice, porque o exame periódico é vital para a prevenção das doenças em ambos os sexos. 
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