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CONJUNTURA

- Publicada em 09 de Setembro de 2014 às 00:00

Mantega deixa a Fazenda se Dilma for reeleita


Jornal do Comércio
A presidente Dilma Rousseff confirmou, oficialmente, nesta segunda-feira, que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, não fará parte de um eventual segundo governo da petista por questões pessoais. “Eu vi que depois que falei ‘equipe nova e governo novo’ as pessoas fizeram várias ilações sobre o Guido Mantega. Ele comunicou que não tem como ficar no governo no segundo mandato por questões pessoais, o que eu peço para vocês respeitarem”, afirmou Dilma, em sabatina realizada pelo jornal O Estado de S. Paulo no Palácio da Alvorada, em Brasília. Na semana passada, Dilma deu pistas de que não manteria Mantega em um eventual segundo mandato.
A presidente Dilma Rousseff confirmou, oficialmente, nesta segunda-feira, que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, não fará parte de um eventual segundo governo da petista por questões pessoais. “Eu vi que depois que falei ‘equipe nova e governo novo’ as pessoas fizeram várias ilações sobre o Guido Mantega. Ele comunicou que não tem como ficar no governo no segundo mandato por questões pessoais, o que eu peço para vocês respeitarem”, afirmou Dilma, em sabatina realizada pelo jornal O Estado de S. Paulo no Palácio da Alvorada, em Brasília. Na semana passada, Dilma deu pistas de que não manteria Mantega em um eventual segundo mandato.
“Eu pretendo melhorar a gestão. Não vou aplicar tudo igual ao que eu venho fazendo. Pretendo melhorar”, disse. A presidente voltou a repetir que não indicará quem fará parte de um eventual novo governo durante o período eleitoral.
No domingo, três dias após ter acenado com a substituição de Guido Mantega em eventual segundo mandato, Dilma chamou o ministro da Fazenda para uma conversa reservada, no Palácio da Alvorada. Durante o almoço, disse a Guido Mantega que, na entrevista dada na quinta-feira, em Fortaleza, fez apenas uma declaração “genérica” sobre renovação de governo e de equipe.
Questionada novamente por jornalistas, ainda no domingo, sobre a possível troca de Mantega, Dilma demonstrou contrariedade. “Meu querido, eu farei uma nova equipe, alguns (ministros) poderão ficar, outros serão renovados”, afirmou, ao ser questionada, após assistir ao desfile de Sete de Setembro. “Um governo novo fará uma equipe nova. As pessoas que vão compor essa equipe podem vir do governo anterior, mas é uma nova equipe.”
Mantega esperava Dilma para a conversa, no Alvorada, quando ela tentou desfazer em público o mal estar provocado na semana passada. Embora o ministro já tenha dito várias vezes, a portas fechadas, que não permanecerá no cargo em caso de segundo mandato de Dilma, ele não escondeu o desapontamento causado com a sinalização dada na quinta-feira. Motivo: no seu diagnóstico, ao acenar com a troca, ela deixou a equipe mais fragilizada para defender a política econômica dos ataques dos adversários na campanha.
Foi o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quem aconselhou Dilma a indicar que promoverá mudanças, caso seja reeleita, e a dizer claramente o que pretende fazer na economia. Para Lula, Dilma precisa se reaproximar dos empresários, o mais rápido possível, para barrar a migração de representantes do setor produtivo na direção de Marina Silva (PSB).
Na sexta-feira, durante visita à Expointer, por onde a presidente Dilma Rousseff também passou, o candidato tucano Aécio Neves afirmou que “a partir de hoje, o Brasil não tem mais ministro da Fazenda”, criticando diretamente o anúncio da presidente de que promoverá mudanças em sua equipe. Marina Silva, por sua vez, comentou que “talvez seja tarde” para a presidente tomar essa decisão.
“Não vou escalar ninguém agora. Eu não vou indicar ministros antecipadamente. Eu não sento na cadeira antes do tempo, primeiro porque acho que dá azar. A última vez que sentaram na cadeira não se elegeram”, comentou,  em uma alusão irônica ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que se sentou na cadeira de prefeito de São Paulo, na disputa de 1985, e perdeu a eleição para Jânio Quadros. “Vou conversar sobre o meu ministério só no dia 1 de janeiro de 2015, caso eu seja eleita”, insistiu a presidente.

Longevidade

O economista Guido Mantega completou, em 27 de março deste ano, oito anos à frente do Ministério da Fazenda. Com isso, empatou na data em tempo de permanência na pasta com Pedro Malan (1995-2002). A partir de então, Mantega passou a ser o primeiro mais longevo ministro da Fazenda em gestão contínua desde a instauração da República no Brasil, em 1889.

‘Acabar com o Mercosul é um tiro no pé’

Em resposta aos seus adversários na corrida sucessória, a presidente Dilma Rousseff disse, nesta segunda-feira, que acabar com o Mercosul seria um “tiro no pé” e que não faz política externa com “ideologia”. Ao defender a postura do governo em priorizar a América Latina e o Mercosul em suas negociações internacionais, Dilma afirmou que o mercado latino-americano é responsáveis por 80% das exportações do Brasil.
Dilma disse que suas propostas como candidata não “viram as costas” para a América Latina, enquanto outros só “enxergam” mercados como a Europa. “Ninguém vai fazer política externa com base em ideologia. Eu não posso sentar nos Estados Unidos e falar só de Guantanamo. Também não posso só falar com a China de direitos humanos.”
A presidente afirmou que política externa não se faz com “principismo” e que reduzir o papel da América Latina é uma “temeridade” para o Brasil, assim como o do Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). “Quem não entende, não participa e não fez, acha que é fácil”, ironizou.
Adversário de Dilma, Aécio Neves (PSDB) acusa a política externa de Dilma de ser ideológica e prometeu fortalecer o Mercosul, embora critique a prioridade do governo ao bloco econômico. O candidato do PSDB também defende que o Brasil não se concentre nos acordos bilaterais com o Mercosul e a União Europeia para ampliar o seu universo de negociações.
A mesma postura do tucano é defendida no programa de governo de Marina Silva, candidata do PSB à Presidência, que é favorável à ampliação do número de países para o Brasil firmar negociações.
Dilma disse que a prioridade concedida à União Europeia e à América Latina não minimiza o “peso” dos demais acordos comerciais. “Diminuir o papel da América Latina é uma temeridade, diminuir o papel dos Brics é um descompromisso com a história, desconsiderar EUA e União Europeia também”, disse.

Economia no Brasil está em ritmo de alta, avalia a OCDE

O crescimento econômico deverá seguir modesto na maioria das economias desenvolvidas nos próximos meses, de acordo com o índice de indicadores antecedentes da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). Para alguns mercados emergentes, como Brasil e Índia, porém, a projeção é de uma aceleração. O índice de indicadores antecedentes dos 34 países-membros da OCDE permaneceu inalterado em 100,5 em julho, apontando “ritmo de crescimento estável”.
O dado da Alemanha, que caiu de 100,2 em junho para 100,0, aponta para uma desaceleração econômica. Também houve uma piora no indicador do Reino Unido, que diminuiu de 101,0 para 100,8, em um sinal de “crescimento perdendo ritmo”. No Japão, o índice recuou de 100,1 para 99,9 e nos EUA o dado permaneceu estável em 100,6.
Já entre os países emergentes, os cálculos da OCDE apontam uma melhora nos próximos meses. O índice de indicadores antecedentes do Brasil subiu de 99,1 em junho para 99,4 em julho, sinalizando “mudança positiva inicial no ritmo”, enquanto na Índia o indicador avançou de 98,9 para 99,0, o que, segundo a OCDE, sugere que o “crescimento está ganhando ritmo”. O índice da China aumentou de 99,0 para 99,1.
Os indicadores antecedentes da OCDE são destinados a fornecer sinais prévios de pontos de viragem entre expansão e desaceleração da atividade econômica e são baseados em uma variedade de séries de dados que têm histórico de sinalizar mudanças na economia.
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