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Opinião

Editorial

- Publicada em 09 de Setembro de 2014 às 00:00

Também precisamos de um PIB com padrão Fifa


Jornal do Comércio
A categoria do futebol brasileiro foi colocada em dúvida após a Copa do Mundo de 2014. Ainda sob a lembrança da fatídica, futebolisticamente falando, final da Copa do Mundo de 1950 no Maracanã, o Brasil sucumbiu novamente, desta feita sequer chegando ao terceiro lugar. Burocratizamos o nosso futebol, com menos habilidade em campo, o que sobrava até a Copa do Mundo de 2002, a última que ganhamos.
A categoria do futebol brasileiro foi colocada em dúvida após a Copa do Mundo de 2014. Ainda sob a lembrança da fatídica, futebolisticamente falando, final da Copa do Mundo de 1950 no Maracanã, o Brasil sucumbiu novamente, desta feita sequer chegando ao terceiro lugar. Burocratizamos o nosso futebol, com menos habilidade em campo, o que sobrava até a Copa do Mundo de 2002, a última que ganhamos.
No entanto, o que preocupa, além de mais educação, saúde, segurança e investimentos na infraestrutura, é que o País está com dois índices opostos, com a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em baixa neste 2014, pífios 0,48%, enquanto a inflação medida pelo Índice de Preços do Consumidor no Atacado (IPCA) gira em torno dos 6,3%, com o teto da meta sendo de 6,5%, cujo centro é 4,5%, ultrapassado há muito. Se 2014 está, irremediavelmente, perdido em termos de  crescimento econômico, vamos rezar por 2015. A torcida, agora, é que tenhamos um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), padrão Fifa, para usar um dos termos preferidos dos manifestantes que circularam pelas cidades brasileiras. Mesmo que a Fifa, outra vez, esteja em meio de acusações de corrupção.
Analistas afirmam que o governo deve ter mais cautela com os estímulos que tem dado ao consumo e precisa aumentar os investimentos nos próximos anos. Seguindo esta linha de raciocínio, o Brasil vai crescer entre 1,2% e 2% nos próximos seis anos. Se não fizer mais investimentos, não vai crescer nem nesse baixo nível, alertam. Acontece que os brasileiros estão muito endividados e o consumo foi afetado, uma vez que todo mundo “apertou o cinto” para pagar o cheque especial, com altos juros, e normalizar suas dívidas. Desta maneira e em consequência, vamos repetir o quarto ano de crescimento fraco, o que seria mais indigesto do que enfrentar uma final de Copa do Mundo no Maracanã.
Estamos no fim de um ciclo que ocorreu nos últimos três ou quatro anos. Claro, houve algo que pode ser chamado de surpresa com a gestão do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), uma vez que ele manteve os pressupostos básicos da gestão da economia feitos no governo anterior, de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Além disso, Lula da Silva herdou em seu período uma situação externa muito favorável, ao contrário de Dilma Rousseff (PT). Antes do Plano Real, 35% dos brasileiros estavam nas classes A, B e C, ou seja, as que têm carteira assinada, acesso a crédito e a mecanismos sociais, e 65% estavam nas classes D e E, que não possuíam esses benefícios. Atualmente, o Brasil é oposto disso, com 67% nas classes A, B e C e 33% nas classes D e E. Porém, mais de 23% da renda mensal das nossas famílias são gastos para pagar juro ou amortizar empréstimos.
No ápice da crise global, a economia não sentiu tanto o problema por conta do alto preço das commodities, que aumentaram 40% no governo do ex-metalúrgico e ainda havia capacidade ociosa. Agora, a ociosidade diminuiu, e a presidente Dilma Rousseff parece ainda não ter se dado conta do fato, pois continua focada no aumento do consumo, fazendo com que a inflação aparecesse. Algo tem que ser feito.

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