Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

infraestrutura

- Publicada em 23 de Julho de 2014 às 00:00

Bertotto destaca participação popular como principal conquista da EGR


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Jornal do Comércio
Desde a criação da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), em julho de 2012, os deputados de oposição na Assembleia Legislativa têm criticado a estatal. O diretor-presidente da EGR, engenheiro Luiz Carlos Bertotto (PT), rebateu as principais críticas e destacou que o maior avanço em relação ao modelo anterior – quando a administração das rodovias era cedida a concessionárias – é a participação das comunidades locais na gestão das praças de pedágio.
Desde a criação da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), em julho de 2012, os deputados de oposição na Assembleia Legislativa têm criticado a estatal. O diretor-presidente da EGR, engenheiro Luiz Carlos Bertotto (PT), rebateu as principais críticas e destacou que o maior avanço em relação ao modelo anterior – quando a administração das rodovias era cedida a concessionárias – é a participação das comunidades locais na gestão das praças de pedágio.
A EGR assumiu uma malha viária de cerca de mil quilômetros, que estava sob a responsabilidade de 14 praças de pedágio, cujos contratos com as empresas venceram ao longo de 2013. Segundo Bertotto, o quadro de funcionários tem cerca de 80 servidores, e o lucro da empresa, no ano passado, foi de R$ 30 milhões. O orçamento para 2014 está calculado em R$ 182 milhões.
A crítica mais recente foi feita ontem pelo deputado Adolfo Brito (PP), que denunciou os engarrafamentos que se formam nos horários de pico, no pedágio da ERS-287, entre Santa Cruz do Sul e Venâncio Aires. Brito disse que está estudando a possibilidade de entrar com uma ação judicial contra a EGR, por conta do “desrespeito com a população”.
“Passamos por ali e demoramos 20 minutos para atravessar o pedágio. A fila de carros tinha mais ou menos três quilômetros. Havia três cabines de cobrança, mas apenas duas estavam sendo utilizadas, em cada lado da pista. A terceira faixa estava destinada exclusivamente para aqueles poucos veículos que têm o chip de isenção (tecnologia que libera a cancela, assim que o automóvel se aproxima)”, reclamou o parlamentar.
Bertotto reconhece que se formam filas ao meio dia e no final da tarde. Segundo balanço da EGR, o fluxo médio naquele trecho é de oito a nove mil veículos por dia. No entanto, afirmou que a opção por destinar a terceira faixa para os veículos isentos de tarifa foi uma indicação da população, que, segundo o diretor-presidente da EGR, participa ativamente da gestão dos pedágios, sobretudo, através dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes). Além disso, mencionou que há quatro frentes de trabalho recuperando o asfalto daquela rodovia.
O presidente da estatal destacou que a participação das comunidades situadas no entorno das praças de pedágio é um dos principais avanços, em relação ao modelo anterior. “A cada dois meses, temos reuniões com a comunidade local, prefeitos e vereadores. A maioria participa do Corede da região. Nesses encontros, são discutidos soluções para problemas que surgem nos postos e onde deve ser investido os recursos arrecadados nas tarifas”, comentou Bertotto. Ele acrescentou ainda que a EGR estima que, neste ano, vão ser arrecadados cerca de R$ 87 milhões nas estradas pedagiadas.
Embora vários parlamentares tenham reclamado da deterioração do asfalto das rodovias estaduais – sendo inclusive pauta do debate eleitoral entre os candidatos a governador –, Bertotto afirma que a estatal já investiu R$ 160 milhões nas estradas gaúchas, em 15 trechos diferentes. Além disso, a empresa tem previsão de construir oito passarelas e 15 rotatórias – priorizadas na reunião com a comunidade.
Outra crítica que figurou no púlpito do Legislativo gaúcho foi feita pela deputada Zilá Breitenbach (PSDB), que condenou o repasse dos lucros da EGR para o caixa-único do governo do Estado.
Contudo, Bertotto nega que esse repasse aconteça. “Cada praça de pedágio tem uma conta, na qual é depositado o valor arrecadado naquele local. O lucro fica na própria região, onde os técnicos da EGR, junto com os representantes, o Corede e os moradores da localidade, decidem onde o dinheiro deve ser aplicado”, explicou.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO