Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Eleições 2010

- Publicada em 07 de Janeiro de 2010 às 00:00

Partidos intensificam negociações no Estado


André Netto/JC
Jornal do Comércio
Com o recesso nas casas legislativas, os políticos gaúchos aproveitam a primeira semana de janeiro para intensificar as negociações visando às eleições deste ano no Estado.

Com o recesso nas casas legislativas, os políticos gaúchos aproveitam a primeira semana de janeiro para intensificar as negociações visando às eleições deste ano no Estado.

Enquanto o PMDB, do prefeito José Fogaça, tenta consolidar a aliança com o PDT, que, em caso de renúncia do peemedebista, herdará o comando da Capital com o vice José Fortunati, o PTB busca construir uma via alternativa à polarização PT-PMDB.

Depois de retomar na terça-feira a conversa com o deputado Beto Albuquerque, pré-candidato do PSB ao Palácio Piratini e um dos entusiastas da tese de "terceira via", o representante do PTB, deputado Luís Augusto Lara, esteve ontem com o presidente estadual do PP, Pedro Bertolucci.

Ao lado dos deputados estaduais Cassiá Carpes e Iradir Pietroski, Lara formalizou ao PP a intenção de criar uma "frente ampla" para enfrentar o PT, que deve lançar o ministro da Justiça, Tarso Genro, e o PMDB.

O encontro durou pouco mais de uma hora e Lara ouviu de Bertolucci, que estava acompanhado de vários dirigentes do partido, entre eles o diretor do Brde, Celso Bernardi, que o PP está aberto ao diálogo visando à nova composição.

"Também pensamos em uma nova solução para o Estado, um outro momento, em que o desenvolvimento seja novamente o rumo. Chega de guerra constante. Precisamos parar com essa raiva", afirmou o presidente do PP - sem descartar, porém, apoio à reeleição de Yeda Crusius (PSDB).

Evitando críticas ao governo tucano, do qual fizeram parte desde o início, os líderes reforçaram a tese de que é prejudicial para o Estado a polarização política. "É preciso romper com esse ranço", pontuou Lara.

Tática parecida adotou Germano Rigotto (PMDB), que em 2002 venceu com o discurso de união e paz para o Rio Grande, tencionado entre Antonio Britto (então no PPS) e Olívio Dutra (PT). Em 2006, Yeda Crusius também correu por fora na disputa entre Rigotto e Olívio - e chegou ao Piratini anunciando um "novo jeito de governar".

A possível "frente ampla" imaginada por Lara e Beto Albuquerque para 2010 poderia integrar PTB, PSB, PP e até o PCdoB. Além disso, PPS e DEM, do vice-governador Paulo Feijó, também serão procurados.

Na reunião de ontem, PTB e PP decidiram que irão tentar montar um cronograma de atividades conjuntas e, até o final do mês, devem realizar um encontro formal entre as três legendas.

No PDT, o clima é de cautela. Cortejado por PMDB e PT, os trabalhistas devem deixar a decisão para março - apesar de a tendência ser firmar coligação com Fogaça. "Estamos em compasso de espera e de discussão", ressaltou o presidente estadual da sigla, Romildo Bolzan Jr.

Bolzan deve se encontrar ainda nesta semana com o ministro do Trabalho e presidente nacional do PDT licenciado, Carlos Lupi, que desembarca hoje em Porto Alegre. Lupi vem cumprir agenda do ministério e também vai tratar das eleições 2010 com os líderes do partido.

Os peemedebistas, por sua vez, travam um debate interno sobre o pacto assinado pelo partido, em 2008, se comprometendo a apoiar o candidato do PDT à prefeitura de Porto Alegre em 2012. Na noite de ontem, em Rainha do Mar, onde o senador Pedro Simon veraneia, membros da Executiva debateram os últimos detalhes da festa de lançamento da candidatura de Fogaça. O evento será no dia 31 de janeiro, em Capão da Canoa.

Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO