Felipão escolhe Paulinho para o lugar do suspenso Luiz Gustavo

Quem apostou que Felipão iria aproveitar a ausência de Luiz Gustavo, suspenso pelo segundo cartão amarelo, para implantar, ou pelo menos testar, um novo esquema na seleção brasileira contra a Colômbia se deu mal. Conservador até o último fio de cabelo, o treinador fez a opção mais simples: promoveu a volta do ex-titular Paulinho, que jogará como sempre, na posição de segundo volante. Fernandinho atuará mais recuado, ajudando os zagueiros, no papel de Luiz Gustavo.

Na última quarta-feira, o técnico da seleção testou duas formações, no treino realizado na Granja Comary, antes da viagem para Fortaleza. Começou com Paulinho no lugar de Luiz Gustavo e manteve os demais jogadores. Na segunda parte, sacou o atacante Fred, muito contestado, e pôs o zagueiro Henrique. O ex-jogador do Palmeiras atuou quase como terceiro zagueiro e o meio-campo da seleção ficou mais povoado. Na frente, Neymar e Hulk se alternaram para marcar presença na área. Mas esta formação só será utilizada se o Brasil estiver vencendo a Colômbia.

"É para ser usado (três zagueiros) dependendo do andamento do jogo. Henrique já jogou assim comigo na época do Palmeiras, sabe como se comportar na posição. Mas ele nunca jogou assim com o Thiago Silva e o David Luiz. É uma opção para o jogo", disse Felipão.

Apontado por muita gente como o principal destaque da Copa, o meia James Rodrigues não mete medo em Felipão. O treinador elogiou protocolarmente o astro colombiano, mas não demonstrou preocupação. Longe disso. Tanto que não vai alterar a forma de seu time jogar para tentar parar o camisa 10 da Colômbia.

"Ainda não vi ninguém fazendo marcação especial sobre algum jogador nesta Copa do Mundo. Aliás, teve nos jogos Holanda x Chile e no Suíça x Argentina, e só. Não vamos alterar nossa forma de jogar. Vamos marcar por zona, como sempre fizemos", adiantou.

Apesar da confiança demonstrada por Felipão durante toda a entrevista coletiva no Castelão, o treinador brasileiro espera um jogo equilibrado, como, aliás, foram todas as partidas das oitavas de final.

Na hora de ilustrar seu pensamento, Felipão puxou o porrete e o direcionou para um velho desafeto, o treinador holandês Louis Van Gaal.

"Cinco partidas das oitavas terminaram na prorrogação ou na disputa por pênaltis. E uma delas terminou no tempo normal porque o time daquele senhor que disse ter um complô para ajudar o Brasil, foi ajudado. É muito equilíbrio."