Casas de câmbio registram maior movimento na Capital

Para isso, as corretoras de câmbio se prepararam para atender os estrangeiros que vieram à Capital. Na fachada da Prontur, localizada na avenida Borges de Medeiros, que integra o Caminho do Gol, foram colocados adesivos informando as línguas nas quais os atendentes podem se comunicar. Segundo o encarregado de câmbio da corretora, Daniel Gomes dos Santos, o aumento registrado no movimento é de pelo menos 30% em dias normais. “Já nos dias de jogos em Porto Alegre esse movimento tem aumentado em até 80%”, estima.

Em relação às moedas estrangeiras, Santos informa que não há dificuldades de troca visto que a grande maioria chega com euro, dólar ou peso argentino. No entanto, alguns estrangeiros de locais que têm dinheiro de países não tão usuais no Brasil também aparecem. “Já tivemos gente com moeda do Paraguai, Índia e Turquia. Procuramos indicar outros locais, mas são raros os que trocam esses valores”, afirma.

O proprietário da corretora Sea Land, Flávio Sperb, também afirma que houve um aumento de estrangeiros na casa, localizada na avenida Salgado Filho, no Centro da Capital, e reforça que o movimento foi maior nos dias em que a seleção da Argentina esteve na cidade. Mas, para o empresário, a expectativa era de um fluxo maior de pessoas em busca da troca de moedas estrangeiras pelo real. “No jogo da Argentina tivemos um movimento significativo, mas, nos demais, houve só um leve aumento na prestação de serviços”, ressalta.

No aeroporto Salgado Filho, principal porta de entrada dos estrangeiros na Capital, a troca de dinheiro estrangeiro por real também teve alta. Segundo funcionários das casas de câmbio no local, o movimento dobrou e até triplicou em alguns casos, como na vinda dos torcedores argentinos para a cidade.

Entretanto, se o movimento de estrangeiros buscando real aumentou por causa da Copa do Mundo, caiu o número de brasileiros que procuram trocar a moeda nacional por cédulas de outros países – um fluxo que costuma ser comum nesta época do ano, devido às viagens de férias para o exterior. “Nesse período, perdemos o movimento do cliente normal, o brasileiro que vem em busca do dólar, do euro. Muitos estão esperando a Copa passar para retomar a rotina”, analisa Sperb.

A expectativa de Santos é de que este público de clientes brasileiros retorne a partir das próximas semanas, com o fim da participação de Porto Alegre no Mundial.