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COPA 2014

- Publicada em 25 de Junho de 2014 às 00:00

Torcedores brasileiros reagem a provocações argentinas


ADRIAN DENNIS/AFP/JC
Jornal do Comércio
O Beira-Rio era, até a tarde desta quarta-feira, o único estádio da Copa do Mundo em que ainda não havia sido entoado o cântico “Eu / Sou brasileiro / Com muito orgulho / Com muito amor!”. Era, porque durante Argentina e Nigéria, quarto jogo do Mundial na capital gaúcha, a música foi cantada pelo público brasileiro, que ainda gritou “Pentacampeão!” e “Nigéria! Nigéria!”.
O Beira-Rio era, até a tarde desta quarta-feira, o único estádio da Copa do Mundo em que ainda não havia sido entoado o cântico “Eu / Sou brasileiro / Com muito orgulho / Com muito amor!”. Era, porque durante Argentina e Nigéria, quarto jogo do Mundial na capital gaúcha, a música foi cantada pelo público brasileiro, que ainda gritou “Pentacampeão!” e “Nigéria! Nigéria!”.
Foram respostas do público local às provocações dos argentinos, sintetizadas no mantra de que “Maradona é melhor do que Pelé”. A massa alviceleste ocupou, pelo menos, a metade do Beira-Rio e gritou os 90 minutos.
Os torcedores gaúchos, que até aqui se dividiam no apoio das seleções que jogaram as partidas em Porto Alegre — ou optavam por só exibir o amor pelos clubes locais —, desta vez assumiram a rivalidade Brasil x Argentina e apoiaram abertamente a Nigéria.
A ampla maioria de brasileiros a favor da Nigéria não era tão previsível antes de a bola rolar. Muitos colorados e gremistas admiram os cânticos argentinos, que inclusive inspiraram as torcidas da dupla Grenal, portanto, era provável que se somassem aos argentinos, ficando a minoria simpática à Nigéria.
Mas os 20 mil hermanos que apoiaram o time de Messi nesta quarta-feira optaram por repetir a exaustão o hit do momento da torcida argentina, ‘Brasil, decime qué se siente’, música que lembra a vitória da Argentina sobre a seleção na Copa de 1990, diz que os brasileiros são fregueses dos argentinos, e termina com o “Maradona es más grande que Pelé”. Isso foi, pouco a pouco, causando uma antipatia crescente para com os argentinos.
A rivalidade se acirrou ao longo da partida. Primeiro com a vibração do estádio a cada lance perigoso da seleção africana. Depois, com gritos de Nigéria! Nigéria!, puxados pelas poucas dezenas de nigerianos no estádio.
A resposta pareceu dar mais gás aos argentinos, que vibravam como um gol a cada vez que o verso “Maradona es más grande que Pelé” era entoado. E puxaram outras palavras de ordem – ao invés do tradicional “quem não salta é inglês”, entoado enquanto todos os argentinos pulam freneticamente, os hermanos cantaram “Quien que no salta/ es de Brasil!”. A mágoa com o caso das Malvinas foi deixada de lado para provocar os torcedores locais.
A reação brasileira propriamente dita demorou a sair. No primeiro tempo, resumiu-se aos gritos de “Nigéria! Nigéria!” Na volta do intervalo, teve um “Vamo, vamo, Inter!”, sob vaias gremistas, que tentaram puxar cânticos tricolores sem sucesso. Um “Ah, eu sou gaúcho!” também foi iniciado, sem agregar mais que umas dezenas, e por pouco tempo.
Só na parte final do segundo tempo é que explodiu um “Eu / sou brasileiro / com muito orgulho / com muito amor”, sob fortes vaias argentinas, que responderam cantando e provocando. Os brasileiros contra-atacaram com “Pentacampeão! Pentacampeão!”. Houve alguns desentendimentos nas arquibancadas, contidos pelos seguranças no estádio.
Tudo isso em meio a uma grande partida, 3x2 para a Argentina com direito a dois gols de Messi. E teve gente que aproveitou o jogo e a arquibancada, entoando os cânticos de Argentina, Nigéria e Brasil... Foi uma festa do futebol. Dentro e fora do campo.
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