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COPA 2014

- Publicada em 17 de Junho de 2014 às 00:00

Lixo da Copa é transformado em combustível


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Jornal do Comércio
Todo o lixo orgânico gerado pelos frequentadores e comerciantes do Acampamento Farroupilha Extraordinário e da Fifa Fan Fest durante a Copa do Mundo será transformado em combustível limpo. A iniciativa é uma extensão do projeto GNVerde (GNV), marca exclusiva da Companhia de Gás do Rio Grande do Sul (Sulgás), implementada em 2013, em parceria com o Consórcio Verde-Brasil, formado pela Cooperativa dos Citricultores do Vale do Caí (Ecocitrus) e a empresa Naturovos. Responsável pela produção do gás (biometano), gerado originalmente da decomposição de esterco de galinhas, restos de ovos e resíduos orgânicos, o consórcio agora trabalha na versão aplicada ao lixo gerado nos eventos vinculados ao Mundial, transformando os dejetos dos torcedores em combustível para abastecer o caminhão de coleta, cedido pela concessionária Bivel/Iveco, de Canoas. O veículo, com capacidade para sete toneladas de resíduos, possui tecnologia e motor especial movido a GNV, desenvolvido pela FPT Industrial.
Todo o lixo orgânico gerado pelos frequentadores e comerciantes do Acampamento Farroupilha Extraordinário e da Fifa Fan Fest durante a Copa do Mundo será transformado em combustível limpo. A iniciativa é uma extensão do projeto GNVerde (GNV), marca exclusiva da Companhia de Gás do Rio Grande do Sul (Sulgás), implementada em 2013, em parceria com o Consórcio Verde-Brasil, formado pela Cooperativa dos Citricultores do Vale do Caí (Ecocitrus) e a empresa Naturovos. Responsável pela produção do gás (biometano), gerado originalmente da decomposição de esterco de galinhas, restos de ovos e resíduos orgânicos, o consórcio agora trabalha na versão aplicada ao lixo gerado nos eventos vinculados ao Mundial, transformando os dejetos dos torcedores em combustível para abastecer o caminhão de coleta, cedido pela concessionária Bivel/Iveco, de Canoas. O veículo, com capacidade para sete toneladas de resíduos, possui tecnologia e motor especial movido a GNV, desenvolvido pela FPT Industrial.
Com características químicas semelhantes ao gás natural, além de abastecer veículos, o biogás GNV também pode gerar energia elétrica e térmica, e biofertilizantes. É o que acontece nas empresas que formam o consórcio. “Geramos biogás há mais de um ano, e utilizamos na frota da Naturovos e da Ecocitrus”, explica o presidente da cooperativa, Fábio Esswein. “No futuro, o biometano poderá ser utilizado não somente em veículos, mas no comércio, na indústria e em residências”, frisou o diretor-presidente da Sulgás, Roberto Tejadas, durante apresentação da iniciativa vinculada ao Mundial, na manhã de ontem.
Inédita no País, a geração de GNV a partir de resíduos orgânicos deve colocar a Capital em patamar diferenciado das demais cidades-sede da Copa, no quesito sustentabilidade. “Este projeto apresenta um ciclo fechado renovável, com um veículo que é movido pela energia gerada pelo próprio resíduo que foi transportado por ele”, explica Tejadas. Até o fim do Mundial, o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) irá coletar e separar os resíduos dos eventos no Parque da Harmonia e no Anfiteatro Pôr-do-Sol para envio à planta de produção do biogás, localizada na sede da Cooperativa Ecocitrus, em Montenegro.
Também a Câmara Temática de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Comitê Gestor da Copa no Estado, a Secretaria Estadual do Esporte e do Lazer, e a empresa Realeza Furgões integram a parceria no decorrer da Copa. “O comitê preferiu embarcar em projetos já em andamento no Estado. O campeonato é uma possibilidade de apresentar, de maneira mais sistematizada, iniciativas sustentáveis com esta”, destacou a coordenadora da Câmara Temática de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Ângela Duarte.
Especificamente para esta ação, a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes-RS) forneceu lixeiras e disponibilizou equipe para orientar os participantes do Acampamento Farroupilha sobre a correta segregação do material orgânico. Na Fifa Fan Fest, o projeto foi integrado ao programa Resíduo Zero, do DMLU, que integra o Plano de Ação para Limpeza Urbana na Copa do Mundo 2014.
Atualmente, a usina de produção do GNVerde tem capacidade para receber 190 mil toneladas/ano. De acordo com o presidente da Ecocitrus, o projeto produz 1,5 mil m3/dia. “Daqui a um ano, este volume deve ser de 20 mil m3/dia”, estima o dirigente. De acordo com Esswein, a ideia é implementar um posto de combustível em Montenegro, para distribuição do biogás a partir de 2015.
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