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- Publicada em 04 de Junho de 2014 às 00:00

Sisi vence eleições para presidente


MOHAMED EL-SHAHED/AFP/JC
Jornal do Comércio
O ex-chefe do Exército Abdel Fatah al-Sisi, que dirige o Egito de fato desde que destituiu o islamita Mohamed Morsi há 11 meses, foi proclamado oficialmente presidente com 96,9% dos votos, anunciou ontem a comissão eleitoral. Assim que o anúncio foi feito, centenas de apoiadores de Sisi se dirigiram à Praça Tahir, palco dos protestos no país, para comemorar.

O ex-chefe do Exército Abdel Fatah al-Sisi, que dirige o Egito de fato desde que destituiu o islamita Mohamed Morsi há 11 meses, foi proclamado oficialmente presidente com 96,9% dos votos, anunciou ontem a comissão eleitoral. Assim que o anúncio foi feito, centenas de apoiadores de Sisi se dirigiram à Praça Tahir, palco dos protestos no país, para comemorar.

O marechal, que se reformou do Exército para poder concorrer à presidência nas eleições de 26, 27 e 28 de maio, obteve 23.780.104 votos contra 757.511 (3,09% dos votos) de seu único rival, o líder da esquerda Hamdeen Sabbahi. O governo interino instalado por Sisi eliminou da cena política o principal movimento de oposição, o grupo islamita Irmandade Muçulmana. 

Na quinta-feira passada, o presidente interino do Egito, Adly Mansour, que ocupa o cargo desde a queda de Morsi, em julho, informou que a participação na votação foi de 46% do eleitorado egípcio - o que, para ele, indica “amplo consenso”. O voto não é obrigatório no país. 

Esse percentual é menor do que os 52% que compareceram às urnas em 2012, no pleito que escolheu Morsi. O Egito tem atualmente 54 milhões de eleitores registrados. 

Segundo funcionários do governo ouvidos sob anonimato pela agência Associated Press, depois do fraco comparecimento às urnas no dia 26 de maio, primeiro dia de votação, o premiê Ibrahim Mahlab convocou videoconferência com governadores e chefes militares provinciais. Mahlab ordenou que eles saíssem à caça de eleitores. No dia 27 de maio, vários ônibus gratuitos levaram votantes às seções eleitorais. 

Além disso, o governo estendeu o período de votação de dois para três dias, incluindo o dia 28 de maio. O oposicionista Sabbahi contestou o comparecimento de 46%, que chamou de “insulto à inteligência dos egípcios”, e afirmou que tanto a mídia do país quanto o governo foram tendenciosos em favor do seu adversário.

Colocada na ilegalidade depois do golpe que derrubou Morsi, a Irmandade Muçulmana afirmou que as eleições teriam sido boicotadas por 90% dos eleitores. Segundo a entidade, a rejeição representa “uma bofetada no golpe militar e um sinal iminente da queda dos golpistas”.

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