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Opinião

ARTIGO

- Publicada em 22 de Maio de 2014 às 00:00

Pedágios: outro modelo, mesmos problemas


Jornal do Comércio
O modelo de concessão adotado pelos pedágios gaúchos até ano passado era rejeitado pela população. Pagava-se muito para uma contrapartida tímida na qualidade dos serviços. O atual governo do Estado prometia solucionar o problema através de uma medida: a não renovação dos contratos com as concessionárias de rodovias. Dessa maneira, as administradoras privadas deram lugar à Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR). Essa transição, no entanto, foi traumática e não teve um planejamento adequado. A estatal foi criada às pressas, sob o regime jurídico de sociedade anônima – o que obriga a companhia a destinar boa parte de sua arrecadação ao pagamento de impostos, prejudicando a capacidade de investimentos.

O modelo de concessão adotado pelos pedágios gaúchos até ano passado era rejeitado pela população. Pagava-se muito para uma contrapartida tímida na qualidade dos serviços. O atual governo do Estado prometia solucionar o problema através de uma medida: a não renovação dos contratos com as concessionárias de rodovias. Dessa maneira, as administradoras privadas deram lugar à Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR). Essa transição, no entanto, foi traumática e não teve um planejamento adequado. A estatal foi criada às pressas, sob o regime jurídico de sociedade anônima – o que obriga a companhia a destinar boa parte de sua arrecadação ao pagamento de impostos, prejudicando a capacidade de investimentos.

Hesitante desde seu início, a EGR ainda não resolveu questões básicas de operacionalidade. E isso não significa apenas tapar buracos ou ampliar pistas. A empresa não dispõe de infraestrutura básica para manter as estradas e dar suporte aos motoristas. Quem trafega pelas estradas, ao perceber as estruturas abandonadas, chega a ter a sensação de estar desprotegido. Não raro, o governo precisa lançar mão das ambulâncias dos municípios para prestar socorro, o que eventualmente pode prejudicar o atendimento aos habitantes de regiões próximas às rodovias. Portanto, mais uma vez, as gestões municipais são obrigadas a cumprir funções cujo ônus, originalmente, cabe ao Estado.

Por serem administrados pelo governo, os pedágios deveriam, ao menos, praticar preços menores. Mas até mesmo a tarifa cobrada pela EGR é um contrassenso. A prometida redução nos valores aconteceu de maneira tímida e pontual. Como o veto do governador para a proposta de tarifa única foi derrubado, o Piratini já admite cobrar mais pelo levantamento das cancelas. Enquanto continuamos pagando caro por serviços ineficientes, Santa Catarina mostra que é possível fazer diferente. O estado vizinho possui estradas em melhores condições, com valores que não pesam no bolso da população.  Há diversos outros exemplos nesse sentido pelo Brasil afora. Ao que tudo indica, trocamos de modelo sem trocar de problema.

Presidente da Famurs e prefeito de Santo Ângelo

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