FREDY VIEIRA/JC
Nádya destaca a diversidade de temas que constam nos editais
No ano de seu cinquentenário, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (Fapergs) está repleta de motivos para comemorar. A instituição, que atualmente financia o trabalho de 8 mil pesquisadores gaúchos, vem aumentado seus desembolsos a cada temporada com a finalidade de fomentar a ciência, a tecnologia e a inovação no Estado. Nos últimos três anos, foram repassados aproximadamente R$ 250 milhões por meio de editais.
No momento, a Fapergs atinge 55 universidades, institutos de pesquisa e grupos no Rio Grande do Sul. Através de 14 áreas do conhecimento, a atuação é dividida em três eixos, conforme explica a presidente Nádya Pesce da Silveira. No fomento à pesquisa, destacam-se programas de financiamento de projetos científicos e apoio a doutores recém-formados. Na parte de intercâmbio científico são realizadas iniciativas como a organização e participação em eventos. Já no eixo dos recursos humanos, está a concessão de bolsas de iniciação científica, mestrado e doutorado. Por mais que a entidade repasse recursos para 8 mil pesquisadores, a estimativa é que o total de pessoas envolvidas nos projetos chegue a 35 mil indivíduos. Isso porque algumas pesquisas são feitas por grupos de até 200 pessoas.
A presidente da Fapergs lembra que cada vez mais há diversidade nos temas dos projetos apresentados pelos pesquisadores nos editais. “Temos uma demanda forte em todas as áreas, mas as engenharias e as ciências humanas, sociais e biológicas são as que mais apresentam projetos”, afirma Nádya. Entre as iniciativas desenvolvidas atualmente a dirigente destaca as pesquisas com cristais líquidos e as que envolvem o uso de células tronco.
Por ser um Estado com vocação agrícola, o Rio Grande do Sul acabou se tornando uma referência no desenvolvimento de projetos científicos voltados ao setor primário. “Temos uma grande tradição em investigar essa área, criando técnicas que auxiliem os agricultores. E hoje em dia existem estudos relevantes que ligam as ciências agrárias com a biologia. Um deles consiste no mapeamento da biota do Rio Grande do Sul”, ressalta Nádya. Outro destaque é a nanociência, na qual a Fapergs já financiou a pesquisa de uma série de produtos, como protetores solares.
A dirigente acredita que poderia haver uma aproximação maior da comunidade acadêmica com as empresas. Nesse sentido, Nádya lembra que muitas pesquisas feitas hoje em solo gaúcho poderiam ser colocadas em prática pelo setor produtivo. “É necessário dar um passo no sentido de tornar mais transparente aquilo que é feito dentro da universidade. Assim, se as empresas tiverem interesse em algo, elas poderiam saber com quem entrar contato”, destaca.
Uma das iniciativas que visa aproximar academia e companhias é o programa Tecnova, que vai investir de R$ 25 milhões, em três anos, em micro e pequenas empresas de áreas, como tecnologia da informação, petróleo e gás, saúde, calçados e móveis. Atualmente, a Fapergs está analisando mais de 160 projetos que disputam o financiamento. O objetivo é incentivar a criação de produtos inovadores.
Fundação está em processo de reestruturação
Nos últimos anos, a Fapergs vem passando por um processo de reestruturação para ampliar sua atuação. Em março desse ano, foi finalizado um plano de cargos e salários para os servidores da instituição. Agora, o próximo passo é ampliar o quadro de profissionais. Ainda neste ano deve ser feito concurso para a contratação de especialistas em diversas áreas.
“Queremos passar de 28 para 99 funcionários. O concurso ainda não tem data para acontecer, mas, em 2015, já queremos estar com o quadro de funcionários completo”, aponta a presidente da Fapergs, Nádya Pesce da Silveira. No momento, está sendo reunida a documentação necessária para a abertura do concurso, que deve ocorrer após o período eleitoral. Haverá praticamente a mesma quantidade de vagas técnicas e de Ensino Superior.
Os cargos abertos contemplarão secretários bilíngues, especialistas em estatística e tecnologia da informação, entre outras funções. “Vamos criar condições para gerenciarmos melhor os recursos. Conseguiremos dar mais visibilidade aos pesquisadores”, menciona a presidente. Outra meta a ser perseguida para os próximos anos é a mudança para uma sede maior.
Para aumentar ainda mais o volume de recursos repassados, a Fapergs também entra na torcida pela aprovação do projeto de lei que troca o indexador da dívida dos estados com a União. Caso haja a abertura de novo espaço fiscal para o Rio Grande do Sul, Nádya acredita que surge uma possibilidade para que o Estado cumpra a lei que determina o repasse de 1,5% da receita anual com impostos para a fundação. “Essa lei existe desde 1986, mas nunca foi cumprida, em função da situação financeira do Estado”, lembra.
Os textos já publicados dos premiados estão sublinhados na tabela abaixo. Você pode ler clicando nos links:
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os textos já publicados dos premiados estão linkados abaixo |
Comércio: |
FCDL-RS |
Desenvolvimento: |
Badesul |
Destaque Especial: |
Expointer |
Dirigente Financeiro: |
Túlio Zamin |
Educação: |
Fundação Liberato |
Empreendedorismo Jovem: |
Junior Achievement |
Empresário do Ano: |
André Gerdau Johannpeter |
Entidade: |
Agas |
Hotelaria: |
Hotel Dall'onder |
Laboratório: |
Endocrimeta |
Máquinas Agrícolas: |
Stara |
Pesquisa Científica: |
Fapergs - 50 anos |
Revenda de Carro: |
Panambra |
Seguros: |
Icatu Seguros |
Shopping Center: |
M.Grupo |
Sindicato: |
Secovi |