PDT fecha aliança com o DEM ao Palácio Piratini

Vieira da Cunha negocia aliança com PSC, PV e PEN. Ele relata ainda que o DEM deve auxiliar na negociação em âmbito nacional com Pros e PR.

Na avaliação do pré-candidato do PDT, o acordo com o DEM “garante competitividade” para a chapa. “Foi um passo decisivo, porque o DEM é o primeiro que adere formalmente. Esperamos que seja o primeiro de uma série”, diz Vieira.

Vieira evita falar sobre o impacto da coligação com relação ao palanque nacional da candidatura, porque a direção nacional pedetista liberou seus candidatos no Estado para comporem com partidos que estão fora da base de Dilma Rousseff (PT). Entretanto, a aliança com o DEM já sinaliza que o PDT no Estado não deve oferecer mais um palanque para Dilma, tendo em vista que o DEM é oposição ao governo federal.

Como os pedetistas já têm candidato ao Senado - o comunicador Lasier Martins – a vaga de vice na chapa de Vieira deve ficar com algum dos partidos aliados. O deputado federal ressalta que essa decisão também só será tomada nos próximos dias. “O PSC colocou o nome do empresário Flávio Gomes, que reúne todas as condições para ser bom vice. Mas entendemos que ainda não é o momento da definição. Outros partidos poderão reivindicar o vice. A decisão tem que ser coletiva”, prega o pedetista.

Já o PP, que está em conversas avançadas e com data marcada para anunciar oficialmente a coligação, e possivelmente a candidatura da senadora Ana Amélia Lemos (PP), se reuniu novamente com PSDB e Solidariedade (SDD) na manhã de ontem para acertar detalhes referentes à campanha e ao plano de governo que será apresentado aos gaúchos durante o pleito.

Segundo o presidente do PP, Celso Bernardi, essa foi a primeira reunião oficial de trabalho entre os partidos. “Estamos caminhando para os ‘finalmentes’, discutindo questões do programa de governo e as propostas para a campanha”, afirmou o progressista, que desconversou sobre qual sigla indicará o companheiro de chapa da senadora. “Isso é posterior à coligação”, esclareceu.

Entretanto, o presidente estadual do SDD, vereador Cláudio Janta, disse que o partido não abre mão de indicar o deputado estadual Cassiá Carpes como vice-governador na chapa progressista. O argumento do partido é que, caso Ana Amélia vença a eleição, a vaga que ela ocupa hoje no Senado ficará com o tucano José Alberto Wenzel. 

O presidente do PSDB, Adilson Troca, enalteceu o apoio que a coligação irá dar para o pré-candidato tucano à presidência, Aécio Neves, e acredita que será através do diálogo que PSDB e SDD decidirão quem indicará o vice-governador.  “Vamos conversando e evoluindo até nos acertarmos”, disse Troca.