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Opinião

EDITORIAL

- Publicada em 06 de Maio de 2014 às 00:00

Exportações para muito além das commodities


Jornal do Comércio
Continua a preocupação quanto às transações comerciais do Brasil, uma vez que estamos acumulando déficits ou saldos positivos pífios. Mesmo assim, tivemos superávit de US$ 506 milhões em abril. As exportações somaram US$ 19,724 bilhões, com média diária de US$ 986,2 milhões. As importações no mês passado totalizaram US$ 19,218 bilhões, com média diária de US$ 960,9 milhões. No acumulado do primeiro quadrimestre de 2014, o saldo ficou negativo em US$ 5,566 bilhões. Na conta turismo também estamos gastando muito mais do exterior do que os estrangeiros deixam no País. Tem o lado bom, uma vez que jamais tantos patrícios viajaram para fora do País, a maioria pela primeira vez, mas precisamos incrementar a vinda de visitantes ao Brasil, aproveitando eventos como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos de 2016. 

Continua a preocupação quanto às transações comerciais do Brasil, uma vez que estamos acumulando déficits ou saldos positivos pífios. Mesmo assim, tivemos superávit de US$ 506 milhões em abril. As exportações somaram US$ 19,724 bilhões, com média diária de US$ 986,2 milhões. As importações no mês passado totalizaram US$ 19,218 bilhões, com média diária de US$ 960,9 milhões. No acumulado do primeiro quadrimestre de 2014, o saldo ficou negativo em US$ 5,566 bilhões. Na conta turismo também estamos gastando muito mais do exterior do que os estrangeiros deixam no País. Tem o lado bom, uma vez que jamais tantos patrícios viajaram para fora do País, a maioria pela primeira vez, mas precisamos incrementar a vinda de visitantes ao Brasil, aproveitando eventos como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos de 2016. 

No entanto, a vulnerabilidade do Brasil à redução do fluxo de entrada de capitais é moderada, assim como o risco derivado da ampliação do déficit em conta corrente, segundo a agência de classificação de risco Moody’s.

Porém, uma redução nos fluxos de entrada de capital pode enfraquecer a posição externa do Brasil, tendo em vista o grande déficit em conta corrente esperado em 2014. No entanto, o Investimento Estrangeiro Direto (IED) permaneceu forte, já que cobriu quase todo o déficit em conta corrente do Brasil em 2013. O nosso déficit em conta corrente vem da diminuição do superávit comercial, da ampliação do déficit em serviços e do persistente déficit em renda líquida.

O déficit em conta corrente do Brasil em 2014 é estimado em 4% do Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, bem mais alto do que a média de todos os países com rating Baa, que deve chegar a 1,5% neste ano. O problema é que continuamos a vender várias commodities, com muito poucos produtos manufaturados neste resultado. Analistas afirmam, repetidamente, que não há muito o que se comemorar quando o bom resultado da balança é puxado por commodities porque, por serem básicos, estes produtos só deixam de ser demandados quando as economias estão em crise. A esperança é que a crise de 2008 está arrefecendo, com a economia dos Estados Unidos da América (EUA) começando a gerar empregos e muitos países da Europa, como Grécia, Portugal e Espanha, tendo um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), pequeno, mas sempre um crescimento, após cinco anos de recessão brutal e desemprego em massa.

Precisamos aproveitar o dólar menos apreciado para renovar o parque industrial. Dessa forma, poderemos agregar mais valores às nossas commodities. A idade média das máquinas da indústria brasileira é de 18 anos, segundo empresas exportadoras nacionais. Em 2013, tivemos um saldo na balança comercial razoável, mas longe daquilo que se julgava o ideal para contrabalançar todas as contas externas do País. As vendas do comércio exterior crescerão menos porque não é esperado que os preços dos produtos básicos subam. Além disso, os embarques de produtos industrializados deverão encontrar um mercado mais restrito, devido à crise internacional. Em função disso, não deverá mudar a composição das exportações brasileiras. Vão continuar em 50% para os básicos e 50% para os industrializados.

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