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FÓRUM SOCIAL TEMÁTICO

- Publicada em 23 de Janeiro de 2014 às 00:00

Debates reúnem quatro mil pessoas


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Jornal do Comércio
O segundo dia do Fórum Social Temático foi caracterizado pelas provocações propostas pelas palestrantes sobre o tema Educação, Ambiente e Sustentabilidade. Com mais de quatro mil inscritos, o evento reúne em Canoas pessoas de várias partes do planeta à procura de políticas educacionais para serem implantadas em seus países visando ao mercado de trabalho.
O segundo dia do Fórum Social Temático foi caracterizado pelas provocações propostas pelas palestrantes sobre o tema Educação, Ambiente e Sustentabilidade. Com mais de quatro mil inscritos, o evento reúne em Canoas pessoas de várias partes do planeta à procura de políticas educacionais para serem implantadas em seus países visando ao mercado de trabalho.
Leslie Campaner de Toledo, representante da União de Mulheres Alternativa e Resposta de Portugal (Umar), apresentou ao público sua convicção de que o desenvolvimento sustentável precisa da inclusão das mulheres para ser implantado na sociedade. “Essa ideia de que a cultura é a parte do homem e a natureza é da mulher não traz convergência. Essas forças precisam andar juntas para alcançar uma transformação”, disse ela.
Como exemplo, Leslie citou a luta da ativista queniana Wangari Maathai. Com a ajuda de mulheres, a africana plantou 30 milhões de árvores e ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 2004. “A educação ambiental com a inclusão da mulher foi um sucesso nesse caso”.
Já Aidil de Carvalho Borges, do Instituto Superior de Educação de Cabo Verde, trouxe para o debate a necessidade de os gestores terem consciência da urgência de políticas de educação com qualidade. “Na África, não temos metrópoles como no Brasil. Mais de 60% da população vive na área rural. Quem mora nos centros urbanos acaba buscando a imigração, infelizmente”. Em Cabo Verde, conforme Aidil relatou, 25% do PIB é para ser destinado à educação. “Ainda falta muito. E falta educação que prepare para o mercado de trabalho”, analisou a africana.
Da Jordânia, Alaa’ Abu Karaki, uma das palestrantes de hoje, contou que veio participar do evento para debater estratégias de qualificação do ensino visando ao mercado de trabalho. Argentinos e italianos têm a mesma expectativa: colocação no mercado nacional e internacional. Para o professor de Sociologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul Marcelo Silva Virginio, o governo brasileiro deveria investir em institutos públicos de línguas para preparar as pessoas para o mundo globalizado. “O colégio termina e os alunos não sabem falar outra língua”, afirmou o professor.
Na abertura, terça-feira, o público total chegou a 3,5 mil pessoas. Ontem, a palestrante da Zâmbia, Gina Mumba Chiwela, gestora do programa do Fórum Ação Popular e ganhadora do prêmio de alfabetização Rei Sejong, da Unesno, em 2008, teve um problema pessoal e não compareceu ao encontro.
Hoje, o fórum aborda o tema Gestão Democrática – A Educação como Direito Humano. Os debatedores serão a ministra de Direitos Humanos, Maria do Rosário, o secretário da Confederação Educadores Americanos (CEA) do Uruguai, Fernando Rodal, e a relações públicas e gerente de projetos da DW Internacional da Jordânia, Alaa’ Abu Karaki. O evento acontece na Ulbra, em Canoas, a partir das 9h.
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