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Opinião

EDITORIAL

- Publicada em 15 de Janeiro de 2014 às 00:00

Mercado aposta em juros a 10,25% contra a inflação 


Jornal do Comércio
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) terminará hoje a primeira reunião de 2014 para discutir se mantém o processo de ajuste da taxa básica de juros (Selic), iniciado em abril do ano passado, quando estava em 7,25% ao ano. De lá para cá, a Selic foi elevada em 2,75 pontos percentuais, chegando aos 10% atuais. Foram seis reajustes seguidos e, se depender da expectativa dos analistas de instituições financeiras, expressa no último boletim Focus, divulgado pelo BC, a tendência é o Copom apertar a política monetária em mais 0,25 ponto percentual, mas há quem aposte em elevação de 0,50. Foram seis reajustes seguidos anteriores, e o Copom deve praticar nova alta, mesmo que alguns considerem os juros atuais como um ponto fora da curva, pois esse modelo para combater a carestia estaria esgotado há muito tempo. Os chefes de departamentos do BC analisaram a conjuntura doméstica sobre as variáveis macroeconômicas, com foco na avaliação das tendências de inflação. Hoje, na segunda parte da reunião, os diretores de Política Monetária e de Política Econômica apresentam alternativas de taxa de juros de curto prazo para deliberação dos demais diretores. Só o colegiado de diretores tem direito a voto. Muitas pessoas ficam intrigadas quando alguém cita que o mercado tem essa ou aquela percepção. Pergunta-se quem é, afinal, esse tal de mercado, com tanta importância no nosso cotidiano e que acaba sempre nos afetando. Pois o mercado somos todos, coletivamente, e cada um de nós, com a nossa visão do que se passa. A cada dia estamos, querendo ou não, colaborando para que o mercado faça suas escolhas, opções e manifeste vontades, mesmo que ninguém, absolutamente ninguém, disso se dê conta.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) terminará hoje a primeira reunião de 2014 para discutir se mantém o processo de ajuste da taxa básica de juros (Selic), iniciado em abril do ano passado, quando estava em 7,25% ao ano. De lá para cá, a Selic foi elevada em 2,75 pontos percentuais, chegando aos 10% atuais. Foram seis reajustes seguidos e, se depender da expectativa dos analistas de instituições financeiras, expressa no último boletim Focus, divulgado pelo BC, a tendência é o Copom apertar a política monetária em mais 0,25 ponto percentual, mas há quem aposte em elevação de 0,50. Foram seis reajustes seguidos anteriores, e o Copom deve praticar nova alta, mesmo que alguns considerem os juros atuais como um ponto fora da curva, pois esse modelo para combater a carestia estaria esgotado há muito tempo. Os chefes de departamentos do BC analisaram a conjuntura doméstica sobre as variáveis macroeconômicas, com foco na avaliação das tendências de inflação. Hoje, na segunda parte da reunião, os diretores de Política Monetária e de Política Econômica apresentam alternativas de taxa de juros de curto prazo para deliberação dos demais diretores. Só o colegiado de diretores tem direito a voto. Muitas pessoas ficam intrigadas quando alguém cita que o mercado tem essa ou aquela percepção. Pergunta-se quem é, afinal, esse tal de mercado, com tanta importância no nosso cotidiano e que acaba sempre nos afetando. Pois o mercado somos todos, coletivamente, e cada um de nós, com a nossa visão do que se passa. A cada dia estamos, querendo ou não, colaborando para que o mercado faça suas escolhas, opções e manifeste vontades, mesmo que ninguém, absolutamente ninguém, disso se dê conta.
Quando escolhemos determinada marca de alimento, refrigerante ou rede de supermercado, estamos fazendo uma opção e agindo em nome do mercado. Quando escolhemos automóveis mais baratos, tipo flex, estamos dando pontos em nome do mercado, queiramos ou não. Pois a maioria do mercado, 100 entidades financeiras e seus especialistas, afirma que o Copom aumentará os juros para 10,25% para combater a inflação. Alguns analistas dizem que a reunião do Copom deste mês tem tudo para ser uma das mais sem atrativos dos últimos tempos. Tudo porque o sentimento predominante é de necessidade da adoção de mais uma elevação para combater a alta dos preços.
No entanto, o melhor seria economizar, cortar gastos supérfluos em todos os níveis de governo. Aí os juros poderiam estacionar ou mesmo baixar e a inflação continuaria controlada. Uma elevação na Selic aumentará o que a União paga para rolar a sua dívida, de cerca de R$ 2,1 trilhões, todos os meses. Com a arrecadação recorde de mais de R$ 110 bilhões em dezembro, o Tesouro Nacional alcançou – sofridamente, mas até superou - a meta de superávit primário em 2013, que era de R$ 73 bilhões, e chegou a R$ 75 bilhões. Pois nesta tarde saberemos se o Copom está, mesmo, preocupado com a inflação de 5,91% em 2013 e as perspectivas para 2014, de que atingirá 6%. Convenhamos, 5,91% ou 6%, para o cidadão comum, pouco interessa no seu cotidiano. As classes empresariais, confirmada a elevação, reclamarão.
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